domingo, dezembro 18, 2005

Feliz Natal


Os sinais são de vida pura,
Aquele que chega,
Traz com ele,
A salvação do mundo.
Uma viva criação
Que nos reúne,
E deveria fazer pensar
Neste nosso coração
O amor, a paixão.
Ele que veio e continua
A trazer a salvação do mundo!


Trilhando caminhos, conta cada passo que dás.
Que eles sejam os teus amigos numa alusão à paz.
Não te incomodes com o vento.
Ele traz a boa nova, de uma longa espera. a esperança.
Vê em ti o sabor da paixão;
este sofrimento que te diz: dá o teu coração!


Feliz natal a todos os bloggers,
e especialmente às
pessoas que passam por este espaço,
que é meu cantinho de amor e dedicação.

SANTO NATAL!

sábado, dezembro 17, 2005

A chegar

A chegar.


Há ausências, que em nós, fazem chorar,
Derramar lágrimas de puro constrangimento.
Imaginar que somos nós, cheios de sentimento
As pessoas que mais fazem para voar.

Já nem chega o azul do mar,
Nem o branco divinizado do céu
Para que deixem de pensar
Que a vingança é a arma fiel.

Saber perceber que as atitudes
São voluntárias de coração
E que não são mortes à comunhão
Das tristes e fracas amizades.

Um chegar que nos faz reflectir
Mas a quem? A todos..
Os que são tristes, e só pensam
Que os outros só o fazem por desforra.
Erróneos andam eles… Vácuos.

domingo, dezembro 11, 2005

Existe uma razão.

Eu vou seguindo o caminho, nesta estrada,
Rodeada de árvores, que nascem e morrem,
Continuando, vejo pedaços de luz,
Intensos raios de luz.
Que pelas árvores, ressuscitam a força
Que estas têm, a sua vida.

Entro adentro na floresta,
São muitos os sons que caem
Nestes ouvidos, o cantarolar dos pássaros
Ou o sussurrar dos ruídos mais estranhos.
Pisando as folhas secas, pedaços de
Natureza, viva e morta.

Existe uma razão, para este caminho
Verdejante de sentidos, medos e sentimentos
Um ver sem invasões algumas
Apenas o devorar do escutar, e sentir.
Sentir o cheiro, humm de eucalipto,
Uma limpeza oxigenada à vida.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Vem construir pontes...



Vem construir pontes,
Vem diminuir distâncias,
Vem saborear o tempo.

Serves-te das pontes
Como elos de ligação
À fortaleza das relações.

Mostras-te contente
Nas atitudes vivas
Do corpo que se sente!

Passear-te nos meus ombros
Símbolo da minha alegria
Dá-me cada dia, um sorriso.

Sentir-te presente no pensamento
Revigora a minha alma
E faz crescer o meu desejo.

Desejar-te mais que tudo
Saborear-te nessa comunhão
Dá-me coragem de não cair em vão.

Vem abraçar as pontes,
Vem escolher caminhos,
Vem aproveitar cada segundo.

domingo, dezembro 04, 2005

Chuva de espírito!


Chuva de espírito que paira sobre nós
Deixa cair, chegar… deixa o teu mar.
Chuva de espírito que vive sobre nós
Deixa o tempo mudar… deixa a tua alma entrar.

Caminhando sem rédeas, nem direcções
Deixa o coração abrir-se ao chegar!
Caminhando sem cordas, nem passos
Deixa a luz voar… deixa brilhar sobre ti.

Chuva de espírito mostra a tua face
Invade os pobres de consciência, e fá-los acreditar
Na chuva de espírito que vem para se apresentar
Invadindo o corpo e a mente da tua semente.

Sonhando por tomar uma face melhor
Deixa os ambíguos lugares escondidos!
Sonhando pode-se vivificar um querer e amor
Que nos deixe espalhar pelo mundo, cheio de mundos!

sábado, dezembro 03, 2005

Na tua palavra.



Na tua palavra,
Eu ficarei
Sem pedaços
Perdidos.

Na tua voz,
Eu escutarei
O meu interior
Escondido.

Na tua semente
Eu colherei
Os frutos
Dos momentos
Esquecidos.

Na tua viagem
Me chamas
E convidas
O olhar
Para a miragem.

Na tua acção divina
Eu vejo
Tantos actos
Vivos dos
Fiéis.

Na tua paixão
Eu senti
Grande dádiva
Do Amor
Construtivo.

quarta-feira, novembro 30, 2005

Estou por aqui


Estou por aqui

Estou por aqui,
Estou sem sentido,
E vou,
Para espaços longínquos.
Fortes os momentos
Distantes da minha casa.

Sei, que aqui,
Estarei sempre,
Mais perto que longe,
O Amor da asa voa,
Sei que ali chegarei,
Em pedaços de mim.

Correrei, na beira
Das margens do rio
Que na conduta
Me levam ali
Júbilo do meu sentir,
Júbilo do meu querer,
Sonhos do meu ser!

Haverá ventos,
Que sementes plantarão
No terreno humano,
Pobre de alma,
Onde jaz espírito,
Um encantamento celestial.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Nas imagens…

:realizado por mim:


Nas imagens interrogamo-nos
Se o sentido da visão
Transmite grande sensação
Quem sabe paixão.
Um olhar focado num ponto
Da destreza do sonho
E do bom caminhar.
Nas imagens questionamo-nos
Se o dom do querer
É tão forte como o dom do saber,
Partindo do dar para o concretizar,
Um grande lema a verificar.
Daremos perspectivas de
Um justo imaginar e,
Conduzir um grande adorar
Do louvor ao amar.

Nas imagens veremos
Retratos de pessoas escondidas
Obscuras no dia, e invisíveis na noite.
Retratos de objectos desprotegidos
Cheios de sofrimento por terem sido
Largados junto às esquinas da vida.

sábado, novembro 19, 2005

Viemos

O Surgimento da Fé, Resultado de Uma grande Transformação Divina!

(image placeholder)

“Eu, os Outros e o Grupo”

     Este tema, que muito tem a retratar, eleva-se numa questão fundamental, que é a própria beleza, a beleza do ser, a beleza de viver para os outros, a beleza da entrega do Homem.
     As palavras que me saíam, os pensamentos que emitia quando falava sobre este assunto, conduziam-me a algo muito concreto, um concreto que me absorve e acompanha. Este concreto, chamo-o de Fé! E senti especial alegria, quando debatia este tema, porque não existe prova maior desta relação mútua, aquando da entrega de Jesus Cristo por nós, para nossa salvação. Uma relação Divina, em que acredito, e a transmito com enorme entusiasmo aos que ainda se sentem adormecidos…
     Na minha reflexão pessoal, nunca antes tinha encarado essa Entrega como resultado de uma relação, mas agora… experimento-a! Eu não vim, para ser para mim, vim para ser para os outros. Vim porque tenho algo de bom para dar, para oferecer. Dons.


Animahap

Viemos para junto de ti, Senhor,
Aclamar o teu amor, e Louvar-te.

Animahap, Animahap,

Viemos para seguir-te, Senhor,
Exaltar a tua e Testemunhar-te.

Animahap, Animahap,

Viemos para dizer-te sim, Senhor,
Juntos queremos partilhar-te.

Animahap, Animahap,

Viemos para espalhar, Senhor,
Trilhar os caminhos e Anunciar-te.

Animahap, Animahap,

Viemos para crescermos, Senhor,
E na Fé, Comungar-te!

Animahap, Animahap,

Vivemos para ti, Senhor,
Só assim seremos Felizes!
Só assim seremos Vivos!
Só assim somos  Pessoa.
     

     
     

terça-feira, novembro 15, 2005

Escutando palpitações

Escutando palpitações
Elevamos os corações
Às mágicas situações
Que remam as nações.

O dom das palavras,
O prazer do saborear,
Para poder refrescar,
Na Menta que chega do ar.

Sons que perscrutam
Asas que voam
E cintilam
Pelos que andam.

Que encontram caminhos
Salvam pessoas perdidas
E não fogem sozinhos
Dos amigos, nas partidas.




Foi Domingo, foi um grande dia, um dia de Graça, um dia que finalizava a semana dos Seminários. Uma importante semana, especialmente para todos os seminaristas do Mundo. O seminário é por excelência uma casa acolhedora e formativa, uma verdadeira aprendizagem que jaz no cerne espiritual, que cultiva e que dá a conhecer o Senhor de todos os Homens. Um Senhor que plantou, enraizou e incrementa pela força do Espírito Santo. Para que sejamos sempre, fruto do seu cultivo e semeador das suas palavras. Uma construção permanente.

Com alegria vi, o Amor que duas pessoas dedicam a este Senhor, Senhor que me guia e me orienta, pelos seus sinais. Sinais ínfimos de algo tão concreto para mim... e tão discreto para outros. Que eles sejam continuadores da tua obra, nisso creio. Eles não têm medo... e não tiveram medo. E eu? Prossigo sem medo…porque ele me chama e continua a chamar, a vela mantém-se acesa.

"Não tenhais medo..."

Um dia de Graça...

sexta-feira, novembro 11, 2005

E tu? Que irás responder?

E tu? Que irás responder?


     Hoje, como tantos outros dias, interrogo-me sobre um verdadeiro sentido para a minha vida. Um sentido que aqueça a alma e o coração, que me dê forças e me alimente no Espírito Santo. Um sentir que ultrapassa muitos pensar. Um querer que não é só meu. Um fazer que cresce, e dará frutos. Um amar que aumenta os instantes ínfimos das etapas da minha vida. Um imaginar ser do meu caminho, prolongado, e breve como o dia.
     Existe um confronto dentro de mim, um confronto entre o actual e o futuro, o querer já e o esperar para ser. Uma longa batalha, que me toma nos momentos tristes, e me consome nos instantes de reflexão. O esperar para ser situa-se entre o Amor e o Serviço - um Amor de esperança e pura verdade, e um Serviço para os outros através de Deus. Um amor que não mede, um amor que vive, um amor sentido e eterno. Um serviço para as necessidades, para as ausências, para o esquecimento, rejuvenescendo e incrementando o próximo do que é esse Amor – um Amor vivo em mim, e sonolento no outro.
     Uma dimensão real e divina me chama a responder a este “E Tu?”. Isto não se torna uma pequena interrogação mas uma grande interpelação. Algo que agita em mim, a visão da minha vida no futuro. Algo que me conduz sem guiar, onde me leva onde Ele quiser, fazendo e permanecendo na sua vontade! E eu, continuo esperançoso de seguir os sinais reais de um chamamento divino que me leva, que me guia  e que me conduz para a partilha e para a grande alegria. Ser testemunho.


quinta-feira, novembro 03, 2005

Gotas de Orvalho




Gotas de orvalho caem
Nos passeios movediços
Onde deambulam
Novos e velhos sitos.

São gotas de orvalho
Que nos fazem proteger
De uma lira conducente
Numa paisagem húmida.

As gotas de orvalho
Adormecem-nos pausadamente
No aconchego do silêncio
Em uníssono com o tempo.

Gotas de orvalho que
Percorrendo distâncias
Alcançam infinitas metas
Do Ser e do Sem Fim.

Nestas gotas de orvalho
O relento reduz-nos a um,
Um só imaginário da época
Um só olhar recluso da vida.

Gotas de orvalho caem,
Protestando com todos
Na sua insolente caída
De navegações extraviadas.




Imagem retirada de http://www.oleschmitt.com.br

segunda-feira, outubro 31, 2005

O eco das tuas palavras!

O eco das tuas palavras


O eco das tuas palavras,
Mostra sentimentos e alegrias
De um rosto bonito
Teu, característico.

O eco das tuas palavras,
Levam-me a diversas ondas
De longa distância,
Vividas na essência.

O eco das tuas palavras,
Molda-me à tua serenidade
E conduzem-me à verdade
Em que voas e mostras.

O eco das tuas palavras
Aconchega-me no coração,
Por partilhar pedaços de mim
No espaço que me reservas
Para que eu sinta a tua emoção
No vocábulos que soletras.

O eco das tuas palavras é
Muito mais que um eco,
É uma amizade carinhosa
Que preservo em mim.


(Dedicado a uma pessoa especial, Ana Laura)

sábado, outubro 29, 2005

Apelo sôfrego


Apelo sôfrego

Sons profundos que viabilizam uma pobreza pura e realista,
Ressaltam ecos de histórias ocidentalmente fantasiadas,
Ritmadas na velocidade e ferocidade da conquista
Entristecidos numa contusão transformada em mágoas.

Sãos, os poucos que mexem as correntes do coração
Um gnosticismo frontal, talvez evaporado pelo não,
Um senão do viver, que deixou de ser comunhão,
E semear em função da missão que tem cada mão.

Sofrendo peripécias que conduzem a uma inércia
Sentimentalista na compreensão e imaginação
Do que o corpo reflecte a cada inexperiência
Esquecida e perdida, num alento de libertação.




domingo, outubro 23, 2005

Dia Mundial das Missões



Um olhar sobre o mar....


Um olhar sobre o mar
O mar das missões.
Que bom navegar
Num rio de emoções.

Um olhar sobre a terra
Na perpétua e infinita saudade.
Do cume da alta serra
Uma Paixão de eternidade.

Um olhar sobre vocês
Me fez crescer, e dizer sim.
Aumentando em mim
Os tantos porquês!

Um olhar interior
Faz voar mais longe
O sentir do amor
Numa chama que urge.


Um olhar sobre a minha missão...

domingo, outubro 09, 2005

Olhar para mim

Olhar para mim..




Poderia dizer que as minhas dúvidas
são o meu sofrimento,
mas sofro mais com as minhas certezas.







Poderia rir e viver, sem me lembrar
destas angústias que tenho,
por ter medo de enfrentar
o meu próprio querer.







Poderia acordar amanhã
consciente do salto a dar,
mas choro em pedaços de lã
este rosto triste de estimar.







Poderei avançar e sentir-me feliz,
e com firmeza estar grato por mim
por uma decisão que ao ouvido diz
para seguir o aroma do jasmim.

sábado, outubro 08, 2005

As pegadas do meu destino



Nos escuros passos que me proferireis.
Os sinais em mim, são mais que as leis
Temendo os próprios pensares meus
Fecho-me nestes lugares tão meus.

Chegaríeis perto de mim, dizendo o porquê
Do meu sentido de estar longe, para quê?
Escutando as sonoras palavras dúbias,
Levantareis essas imagens longínquas.

Umas fugas interpretantes no meu pensar,
Redunda o sentido de ver o além-mar.
Concluireis ideias erróneas no meu agir
Ao quererem-me ver aqui, e não a partir.

Se ao menos andasse sem ter que mostrar
As pegadas do meu destino, feliz ou infeliz
Sem ter que gritar cá dentro, quero amar,
E no escrever beneficiar do meu quis.

domingo, outubro 02, 2005

Tens tanto para me dizer…



Ser samaritano do amor sentido,
Só por si seduz, o espírito de luz.
Sobre candeias, nas chamas transluz
O grado por te ter percebido.

Esse encosto reconfortante algo me diz
Nos meus sonhos, nas minhas histórias
Para lá de uma vida feliz,
Os ramos secos de ironias.


Tens tanto para me dizer
Já nem chega o longe,
Já nem chega o perto.


As almas reflectem o que dizem,
Esses olhares, no rio escondidos,
Que choram e, transformam istmos
Das lágrimas que deitas, procurando o além.

Tens tanto para me dizer
A diferença acanha
A diferença cresce.

Tens tanto para me dizer
Tens tanto para me falar
E tens tanto para me mostrar
Que comigo trago o anseio de te escutar!

Tens tanto para me dar
E eu tão pouco para oferecer.
Tens tanto para me consagrar
Da gota que me faz crer.

Tenho tanto para aprender…

Reflectis




Fui lascando arestas de um princípio sem fim,
Mais do que querer ser, quero sentir, viver.

Fui, e vou buscando em mim algo para me dizer,
Donde vim?, e tombei, sempre por aqui, só e em mim.

Já dissertei vozes incomodativas do meu andar,
Cobrindo ventos, acomodando sôfregas tempestades.

O escuro do coração não dá asas nem mãos,
Para ao longe querer chegar e daqui partir.

Uma esperança, um olhar, uma ilusão?
Os remos que farão vínculo à minha paixão.

sexta-feira, setembro 23, 2005

aqui adormeci

Já acordei.
E, até agora me lembrei,
Do que foi outrora,
Na infeliz tristeza de vir embora.

Aqui cheguei,
E sem tardar mais, verei,
A aurora do simples olhar
Do que foi viajar e regressar.

De longe os trarei,
Palmitos do leve recipiente
De que sempre amarei
Por levar o amor ao presente!

Distâncias encurtarei,
E Dois remos traçarei,
Para movimentar as pontes
Que dos ímpetos envolves.

Aqui ficarei
Aos semblantes que criei,
Para esconder neste espaço
As tristezas deste cansaço!

Sonharei
Para mais aquém chegar
E saber relembrar
Quem lá deixei!

E aqui adormeci para alguém ir por aí,
Caminhar ao encontro de si!

Indo longe


Há quem aguente a melancolia,
Há quem morra de nostalgia,
Há quem viva sem direcção,
Haverá quem esqueça a paixão?

Houve momentos indescritíveis,
Houve vivências insubstituíveis,
Houve ápices de real verdade,
Haverá lembranças dessa humanidade?

Haverá amizades e chamas,
Haverá sempre memórias,
Haverá infinitos olhares, e
Haverá imutáveis saudades.

domingo, setembro 11, 2005

Ondas infinitas


No silêncio das ondas
A espuma ganha dimensão,
E as imagens concebidas
Percorrem a divina escuridão.

No silêncio das ondas
O mar foge para lá
A quem passou por cá.

No silêncio das ondas,
Impetuosas obras nascem,
E na face da outra margem
Avançam extensas pegadas.

No silêncio da ondas,
Remos partidos unir-se-ão
Ao novo rumo do coração.

No silêncio das ondas,
No toque das águas,
No burburinho das gaivotas,
Novos sorrisos apaziguas.

No silêncio das ondas
Emerge o som do coração,
Aspirando a imaginação.

No silêncio das ondas,
Na escuridão do luar,
No brilho das estrelas,
Novos rumos irão chegar.

segunda-feira, setembro 05, 2005

Se precisas de chorar!

Se precisas de chorar
Leva a lágrima até ao mar
Porque lá ela se reencontrará
E com liberdade te levará.

Se precisas de chorar
Não deixes de relembrar
Os momentos de saudade
Criados numa simples verdade.

Se precisas de chorar
Observa bem cada lugar
Que trilhas nesse deambular
Cheio de vida para dar.

Se precisas de chorar
Não tenhas medo de lutar
Para dar a quem tudo dá
E mais um peregrino crescerá.

Se precisas de chorar
Alcança a alma do amar
Estende o braço e faz
O serviço da paz.

Se precisas de chorar
Para as saudades matar
Lacrimeja nessa escuridão
O amor que deste à tua missão.

quinta-feira, setembro 01, 2005

Tantos ou tão poucos dias...


Tantos ou tão poucos dias
Para guardar memórias de África.
Servir, pelo Espírito Santo, Viva
Que Alegria, Só maravilhas!

Moçambique, País Missionário,
Sabor a ti, trago dentro de mim.
Júbilo crescente desta tua
Semelhança caminhante, Pais sábio.

Brotar sorrisos, nessas flores que abrem,
Um aroma surpreendente por tempos longínquos,
Vigiando os saberes incutidos
Pleno de culturas e tradições!

Ò Moçambique, terra da minha missão
Dá-me a alegria de ser como
Um irmão, Porque quero sentir
Esse amor com que me recebes
E partilhá-lo contigo…
(criado a 5 de Agosto 05)

terça-feira, agosto 30, 2005

Puros olhares





Quis reavivar a experiência e partir,
Meditar sobre a vida e reflectir,
Fui para longe e vi, como seria o ir.

Quis deleitar-me no olhar
De um povo magnífico no seu obrar.
Gozar o semblante e apreciar
A pura gentileza do seu caminhar.

Quis percorrer pedaços de imaginação,
E ver quão maravilhosa é a dedicação,
Da gente que labuta para ter um pão.

Quis examinar cada paixão,
Os puros olhares que encontrava
E Vi nas suas caras uma razão
Para levar a vida em missão.

domingo, agosto 28, 2005


No oratório na Namaacha!



Foi sem mais, uma alegria feliz, o simbolo da paixão
Uma cria contente da sua mistica e sua ilusão
Quero explorar o pouco do que tenho e voar,
Dar sentido aos rumos que me fazem chegar.
Chegar onde alcançar,e viver o mar,
Que pela sua imensidão me mostrou mais,
Mais do que algum dia esperava e espero encontrar.
A luz que vem até ti…

Aqui estou, mais uma vez em missão, na escuridão, luzindo apenas à chama da vela.
Que propositadamente coloquei para me aconchegar, nestes momentos que retiro para meditar sobre mim e sobre tudo o que por Ele passo nestes dias de solidariedade com pessoas, jovens e crianças como eu.

Muito é o que se sente aqui dentro, quase incomparável com aquilo que conseguimos dizer… as letras vão formando as palavras, idolatradas por espaços que numa frase constroem o diário da minha vida, por uns dias, uns meses…, e quem sabe pela eternidade.

Num refúgio escondido, em mim, são tantas as emoções vividas em terras africanas. O pisar e caminhar sobre esta terra vermelha dá-me tanto prazer…que a vontade de andar descalço e sentir o seu calor conjuga-se numa grande nostalgia. Já nem interessa o pó, nem a roupa suja, nem a cara, o corpo… vermelho!

O dia amanhece, esquecendo o escuro do despertar, e a sonolência de um acordar. Acompanha na oração o rebentar do sol, que do seu esconderijo ressurge para dar visão aos que longas caminhadas matinais percorrem para guiar o rosto moçambicano no seu dia-a-dia.

Deixando as preocupações (perdidas num embarque) de lado, parto para o meu serviço, para o meu testemunho, para a minha missão, levando no meu espírito a partilha que levo para dar aos outros corações, e através dele reencaminhar esta grande paixão… o amar e servir os outros para além do que se vê, do que se possa falar, e do que se possa mostrar.

Nestes dias aconchegantes, em que esperando partilhar dos objectivos de Dom Bosco (Pai e mestre dos Jovens), olhamos para cada rosto, alegre ou triste, animando-o para que a sua alegria seja ainda maior… e que leve no seu coração, uma empatia com a libertação de contratempos e aborrecimentos, “coisas” que nos atormentam em cada dia.

Cada rosto, uma particularidade. Cada rosto, uma magia.
Cada olhar, uma feliz introspecção. Um observar repleto de emoções.

É nestes olhares, nestes rostos que em cada final de dia, vejo o sol se por…. E a luz viajar até aos outros, que também necessitados, lhes incrementa o espírito de solidariedade aculturado nos sentimentos constantes do ser, como eu… e como tu!

Porque a luz está em ti, e por ela chego até ti….
Porque viajando entre ondas e furacões, as metas podem alcançar-se
Expelindo-as pelo mundo, que está triste e cego aos marcantes detalhes.
Vai e leva, os rostos ofuscados aguardam-te como sinal do “Vamos”.

Pedro Barros
9 Agosto de 2005

domingo, julho 24, 2005

Férias... Ausência




Olá a todos!

Espero que estejam a passar óptimos momentos neste Verão.

Vou permanecer ausente durante um mês, devido à grande força que me prende a outros horizontes, outros mundos... vou em missão novamente para Moçambique, mas para um local diferente... para a Namaacha.

Com um enorme prazer que vos "abandono" por uns tempos...

Quando regressar vos presentearei com novos posts!1


Um grande abraço a todos.
Pedro moza*

sexta-feira, julho 22, 2005

Mãos Quentes!



Mãos quentes!

Como irão aquecer as minhas mãos,
Por ser recebido pelos meus irmãos,
Pessoas do meu coração contente,
Partilhando a alegria de estar presente.

Voando sobre mares e terras,
O refresco das tempestades adiadas.
Como é bom voltar às tuas obras,
E saber que estarei feliz e de mãos dadas.

O calor que sentirei pelo regressar
A uma casa abençoada pelo semear,
Magia reflectida desse bonito olhar,
Que vocês dão ao simples luar.

domingo, julho 17, 2005

A voz do longe!

A voz do longe!

Pedras meditadas reflectem a África do viver,
Sons de águas que caem sobre fragas sentidas.
Acalmia do ouvir essas palavras aconchegadas,
Transmitidas por sinais e exposições do Ser.

O poder das terras além do Ocidente perdido,
Intensas surpresas na vida, ao largo da jornada.
Penhascos e alvéolos, sombras da extasia idealizada,
Diegeses mágicas de um momento tão sentido.

O convite aos medos e às ansiedades,
Do sentir, viver e partilhar a voz do longe.
Forte rastreio do espírito, que sempre arroje,
Nessa voz guiando sensíveis escutares.


Tão perto do longe, um pouco mais, ali… em Ti.

quinta-feira, julho 14, 2005

Só Tu podes




Só Tu podes

Devagarinho vais causando pressentimentos
De uma comoção que virá caminhar a nossos lados.

O abalo escuta-se ao longe e tu vens, vens depressa,
Como anunciando algo possante que em vão desvaneceu-se.

Um desvanecimento, esperando o seu momento de encontro.

Esses timbres ritmados com percussão, aflige-nos,
Nós, pescadores sem garras,
Sem momentos de reflexão.

Que inquietante lance corrói nas passagens do coração,
Ilusões, desgarradas e rebeldes com as próprias sensações.

Ténues mudanças no caminho da esperança,
Servidoras de fragmentos vivos, erráticos nesse instante.

Só podes
Vencer ou Morrer
Espírito ou Prazer.
E nesse pedaço de céu
Te aconchegares
Para melhor reconheceres
O Amor d´Ele.
Por ti e por todos,
Os pedaços da sua paixão,
Caíram como rasteados
Pela nossa desumanização.
Vivo na tua memória,
Uma grande compaixão.

quarta-feira, julho 13, 2005

Intitulem-o...





Sobressaltando rodas por ambulâncias,
Magicado pelas duas sobrevivências.

Relutante serás nas palavras que mediatizas,
Observador nato do que não é patente e olhas.

Raios de tempestade provocada por constrangimentos
Levianos ou pesados de invólucros arriscados.

Atormentado, inspeccionas e manifestas audácia,
Recriação do manual de valorizações à afoita eficiência.



P.S.: Gostaria que lhe dessem um nome, aguardo opiniões.
Pedro Miguel

sexta-feira, julho 08, 2005

Grãos de Areia


Grãos de Areia

O sol lampeja pelas areias espargidas,
Um convite profundo de verão.
Alarde de tecidos repletos de sensação,
Dilapidados de reacções humedecidas.

Sobre ventanias suaves ou desproporcionadas,
Refrescamos o descanso de dias fatigados.
Gotas de água laureiam os nossos pensamentos,
Voando por imagens as memórias vencidas.

Os grãos de areia, incómodos pelas suas insuficiências,
Permanecem nos espaços, minúsculos e imperceptíveis.
Esses grãos que se acomodam junto ao mar, que temeis,
Transmutam a excelência da água, em miragens paradisíacas.

segunda-feira, julho 04, 2005

Ancora

foto de miguel lacerda


Se o mundo, base de água e terra,
Perde a sua essência, deixa semear
Repousar em cada espaço vazio
Levar os medos, e guardar as alegrias.

Essas recordações que colhes nos choros,
Refugiam-se nesse lugar, que é só teu,
Invadido pelos queixumes e murmúrios,
Dessa vida escondida no enigmático.

O ónus que te leva ao fundo do mar,
É o mesmo que te faz crescer, voar,
Seguindo os percursos que delimitaste.

O incorpóreo desse corpo que ressuscitas,
Corpúsculos de vida, memórias estreitas,
Guiando-te pelos trajectos do mar adentro.

quinta-feira, junho 30, 2005

Formatar

[lacunas]

Como me apetecia formatar os documentos
Tristes constrangimentos de quem morre no poder,
Vangloriam-se da pobreza que contêm e talvez perder.

Como sinto necessidade de dizer verdades
Refutadas por mentes pobres de espírito, incutidas de irrealidades.
E continuam levando-se por coisas banais abandonando os demais.

Como pensam ter grandes coisas para decidir
Não chega a vergonha que bolem nos seus ramos
Murchos, por não ter água, e viverem secos.

Como estas mentes enfraquecidas suspiram certezas
De quem não vê os erros da sua grande epígrafe,
Ou simbolismos não chamados aos olhares firmados.

Formatar essas ladainhas tantas vezes escutadas,
Formatar essas lengalengas que já enchem recantos,
Formatar essas lacunas perdidas nas almas dos mais apagado
s.

terça-feira, junho 28, 2005

Pulé Pulé

Missa em Macomia, Moçambique


Pulé Pulé

Os ritmos africanos crescem
Avivam as recordações largadas
Entusiasmam os movimentos das
Ancas, e do corpo como sobem.

Pulé Pulé

Entra no espírito e deixa-te levar,
Baila aos sons naturais
Extraídos da magia demais
Que transmitem a quem se amar.

Pulé Pulé

Ui como aumenta a vontade,
Estimula os ossos e penetra no som
Cada passo dado, uma verdade,
Cada alegria, cada rosto, que tom.

Pulé Pulé

São os dias, as noites, dias de festa
Impartíveis, altamente contagiantes,
Um passo atrás, outro à frente, liberta
Uma corda balanceia aos ritmos quentes.

Pulé
Pulé
Pulé

domingo, junho 26, 2005

Onde errei!

Percorri pedaços de papel
Calcando-os para vos agradar,
Pensei que não tivesse sido em vão
Mas mais uma vez me enganei.

Esses pedaços de papel,
Sofreram por minha causa, que importa,
Já sofreram e eu perdi algo,
Essa minha ausência, deixou-vos.

Não queria ter-me enganado,
Pensei que fosse bom para vocês,
Desculpem a demora que vos causei
Já não consigo atrasar o tempo.

Senti-me muito mal,
Pelo esforço desperdiçado,
E ainda ver que não adiantou de nada,
Onde errei!



sábado, junho 25, 2005

Quis


Quis

Quis fugir às almas erróneas
Escapar aos males que zumbiam,
Quis esconder as ladeias
Ao ver as melancolias que atingiam.

Quis desrespeitar a ordem decorrente
Do normal imposto na atitude,
Quis partir, e assim caindo subsequente
A desdita de sonhar altitudes.

Quis conceber modernos ramos
E levar o crescimento mais além,
Quis desvendar quem somos
Nada mais, nada menos, excepto ninguém.

Quis sublinhar os traços da vida
Escalonar torres inverosímeis,
Quis subir, e encontrar a Saída,
Sumida, ao ver que me perdi.

quinta-feira, junho 23, 2005

Que publicar...

Um dia andava pela rua um senhor.. com alguma idade, vivia sozinho e as ruas para ele eram o seu consolo, a sua companhia.Não passava despercebido quando alguém andava pela rua, muitos o cumprimentavam, outros olhavam-o com desconfiança, indiferença.Mas ninguém perguntou porque estava ali... porque vivia assim... porque todos os dias estava no mesmo sitio... nas mesmas horas...E a sua familia? Os seus filhos... netos? Onde estão eles... ?

O senhor, raramente falava com alguém, ele não gostava muito de falar com as pessoas... diz que são muito falsas... interesseiras e sem compromisso para com a vida que tem.Que não aproveitam cada momento que podem usufruir. Que não vivem o verdadeiro sentido da vida... Pois afinal.. quem somos nós? Um ser para a morte, um ser que vem à terra, vive e depois parte?

Porque será que ninguém lhe perguntou que fazia ali? Um acontecimento infeliz?

Ninguém alguma vez tinha tido a coragem de o perguntar...

Foi assim, que um dia um adolescente que costumava passar por ele, teve ousadia, e cumprimentou-o. O adolescente viu nas suas palavras uma doçura incrivel, uma massagear de movimentos. No entanto, um olhar triste cobria toda aquela personalidade.... frágil e débil.

Apresentando-se o jovem, este perguntou-lhe porque todos os dias ele, o senhor, permanecia ali sentado olhando a rua, aparentemente sem nenhum significado. O senhor, inquietado com a pergunta, ficou surpreendido ao saber que alguém notava o que todos os dia fazia.
A bondade do adolescente, fez-lhe crescer um olhar amável no canto dos seus olhos... e o lacrejar de uma lágrima.

O senhor matando a curiosidade daquele adolescente explica-lhe o significado da sua permanencia todos os dias por ai...
Sabes, jovem, eu sempre gostei de viver aqui... nesta cidade... com a familia que tinha, a minha esposa, a minha filha... infelizmente já não as tenho comigo, perdi o meu sentido de vida e as duas pessoasque amei em toda a minha vida, eram elas a razão do meu despertar...

Um dia... em viagem, iamos os três, de carro quando deparámo-nos com um acidente, e nós não esperando, seguia-nos um camião que não conseguiu controlar a velocidade e travar a tempo,e assim, ficámos por debaixo do camião... sem possibilidades de nos mexer.
Por momentos pensei que aquilo nao me tinha acontecido, e que tudo era um pesadelo. De volta á realidade, noto que a minha mulher e a minha filha estavam encravadas de ferros...sem se poder movimentar.E eu sai ileso.... desatei a chorar.... chamei por eles... para ver se me respondiam... e nada.... comecei a temer o pior.... voltei a chamar e nada... já estava todo derretido em lágrimas.... Foi o pior momento da minha vida... ver os seus corpos sendo retirados do carro... e nós que não tinhamos culpa no acidente.

Isto... para te dizer que foi aqui, nesta mesma estrada para a qual olho todos os dias... para a qual recordo todos os dias o pior momento da minha ... tentando enfrentá-lo e encará-lo. Queria esquecer.. mas é impossivel... tantas vezes coloco a questão... porque não por outra estrada? porquê a mim? como me podem roubar a minha alegria de viver desta forma?
O jovem ficou sem palavras, chorando, sem pronunciar uma única letra...

Pois.. que cada um sinta que tem um guia... um anjo,.. que nos desperta, nos roga, nos faça relembrar histórias como esta.

domingo, junho 19, 2005

Como escorrem...


Como escorrem...

As minhas lágrimas,
Por ver que não sou daqui,
Quero partir e dar tudo de mim.

Jamais alguém saberá o que sinto
O que passo e o que escondo,
Mas quero sair e partilhar o que tenho.

Porque insisto em seguir,
Porque me deixo guiar pelas mentalidades,
Tenho vontade de ir.

Quero largar tudo...
Esconder-me no vermelho
E viver a intensidade do Amor.

Quem pensa que sabe
Quem pensa ousar brincar com isto
O sofrimento cresce e os anos demoram a passar.

As minhas pedaladas inverosímeis,
Deixam-me de rastos pelo socalcos,
Que imponho seguir por e pelos outros.

Este desespero de me concretizar
E de levar por águas
A minha grande aventura.

Deixem-me ir,
Parem de me prender
Quero partir para longe.

quinta-feira, junho 16, 2005

Pingos de Lágrimas!

Subindo as escadas deparas-te com o olhar,
O olhar de quem já te viu e de quem te espera ver.

Agarrando o varão permaneces estancado,
Sentindo a segurança que te invoca alcançar.

Mudando de pé, alterando o compasso,
Vais devagarinho, rastejando, pelas lágrimas.

Enxaguado de pingos que tilintam,
Escorrendo pedaços de sofrimento em vão.

Pisando sobre as tuas águas, foste abandonando-as,
Limpando-as sobre mantos e prantos, elas se desvaneciam.

Os pingos de lágrimas que lamentaram ser vistos,
E os viveiros do olhar que se ofuscam no olhar.

E ias alcançando a lágrima, o lençol de pingos,
Uns Pingos de Lágrimas que abatem-se sobre ti.

Deixa! (2)

Deixa que o olhar voe,
Deixa que rime ao som do vento.

Que desfrute das lirias encontradas...
Em campos tão verdejantes!

Deixa que a chuva caia,
E renasça sobre as invejadas paradas.

Descobrindo o ritmo do véu,
Que caindo sobre passos, vai avançando.

Deixa que o vento leve bem alto,
O movimento do além (a)mar.

segunda-feira, junho 13, 2005

Deixa!

Pele manuseada
O abandonar,
O desacreditar,
O menosprezar,
O descair,
O perder,
O desencontro,
O prisioneiro,
O desesperado,
O imperdoável,

O silêncio...
... o silêncio,
Evapora-se na tua alma,
Dissipa-se pelo ar
E refugia-se nas nuvens

Deixa subir... deixa fugir..
Deixa encontrar-se...Ou talvez perder-se.

Deixa subir... deixa subir..
Deixa amar-se...
E espalhar aos outros o seu amor.

sexta-feira, junho 03, 2005


Por onde vais...

Por onde vais...

Os meus pés flúem demais,
Quanto eles caminham, devorando
Os pedaços terráqueos pranteados,
E ademais.

Os meus pés seguem o percurso,
Torneado pelo destino ansiado,
E desbaratando florestas sem uso,
Encontrando o sabor almejado.

Os meus pés rastejam
Pelo peso que carregues,
Pela tristeza que lamentam
Deixando-se caírem em caves.

Os meus pés reconfortantes,
Descansam sobre as mantas,
Fazem circular o veneno da vida,
E dormem contentes.

quarta-feira, junho 01, 2005

A luz do olhar

A luz do meu olhar cresce,
Quando de manhã resplandece
Fugaz a sua subtileza, vigia,
E por sombras descansa sua alegria.

Rolando por cumes, absorvendo,
A ira dos que moram em bando
Olhando uma luz que mora,
Vive, e percorre quem ora.

Nas demonstrações constantes,
Escondes-te e deixas as luzes
Crescerem por essas nuvens brancas,
Imaginando os olhares que enxugas.

Uma liberdade que chora lágrimas
Aos gomos que derramam as tristezas
Corroendo os diferentes auxílios
De uma alegoria que voa sobre rios.

Invasão ubíqua do olhar,
O que ele difunde e faz brotar
Por uma retina que dá a visão da vida
Uma humanidade insensibilizado de ávida.

domingo, maio 29, 2005

Que duro...




Entranho-me nas tuas suplicas,
Sinto a viagem de regresso do corpo,
A admiração que causaste,
E a forma que mostraste amar.

Deixa-me recriar esse espaço,
De dor e de sacrificios não reconhecidos,
Cativar os pobres de espírito e mostrar-lhes,
O quão perfeito foi o júbilo do olhar.

Como não podem viver a sensação
De ser castigado pelo mal dos outros,
Como se esquecem das injurias dos povos
E não se mostram sensíveis as durezas.

Para onde vai o povo que culmina na riqueza,
Que perde o entendimento e deixa-se sofrer sem ser por Amor,
Quem pode mostrar e valorizar-se,
Se não tem a quem louvar, e livrar-se das impurezas.

Pessoas sem comunhão, sem amabilidade,
Esses batuques de dor que transportas e remam,
Ao interior sôfrego pelo maléfico viril
Que perseguição desconcertada e inoportuna.

Rasgos velozes, marcados pelos instrumentos
As calamidades de almas inconscientes
Esbanjando águas viajadas por rios,
Mares de suculenta condenação oracional.

Como se invade o infortúnio recaído,
Que não tem pés para levantar
Nem braços para apoiar,
Nem rosto para mostrar a sua injuria.

Como se pronuncia prantos secos,
Que de sementes só as que não prestam permanecem,
E de alimento, só as que estão envenenadas,
E consomes, consomes até um dia dizer... .

Rojo

Invade a tortura desse teu olhar,
Mostra a raiva que te leva ao paginar
Corre em movimentos longos, com força
E deixa-te cair por águas vermelhas.

sexta-feira, maio 27, 2005

As pautas...


Deixa-te afagar por esta sonoridade,
Uma paz que usufruis sem nenhum deslize
E descobre as notas que adejam,
Ritmando os compassos de uma modulação,
Aspirando o culto ao escutar maravilhas.

Deixa-te cair em pautas complexas,
Mas na sua inteligibilidade,
São fáceis de sentir e aprofundar.
Um vigor, uma força além do aquém,
Submetendo o escutar aos mais belos luares.

Deixa-te absorver pelas vozes frutíferas,
Uma invasão cantante de tremelicar os pífaros,
Levando-se pela letra, aparentemente longe.
Erigindo as súplicas que exteriorizam,
O vigor e a fascinação de tão belas poesias glorificar.

Rostos


Rosto Moçambicano - I love Moza

Deixa as lágrimas...

Jamais vimos a essência de uma caminhada de perseverança, de amor, de qualidade produtiva, em que no mundo tudo diz: eu pertenço a esta parte e tu pertences aquela. Todos condenamos e catalogamos o mínimo que seja, por vezes sem importância.

Jamais descobriremos para onde nos levam os rios, que de águas puras a impuras, transformações sofreram e sem possibilidades refugiaram-se na tristeza de quem os observa. Todos mostramos o desagrado e arranjamos desculpas, inventamos questões e esquecemo-nos do essencial.

Jamais voltaremos ao tempo de quem sabe o que diz, sem pronunciar juízos atróficos. Quem sabe para onde e até onde podemos sentir as maravilhas do meu jazigo. Todos reservamos palavras e escondemos sentimentos, porque nem todos os têm que saber, e nem a todos importa.

Jamais viveremos a verdadeira vida que se nos apresenta, se além do mar só vires paredes, e das paredes só vires o mar. Todos percorremos os obstáculos, ultrapassando-os ou modificando-os, são opções míseras da nossa fútil consciência, de todos? Ou só de alguns!

quinta-feira, maio 26, 2005

Eu sou teu, por ti!


Eu sou teu, por ti!
Eu sou teu,
E tu és meu.
Eu escuto e aprecio,
A reflexão desse assobio.
Ganho força e parto,
Em Busca desse pranto.
Foste, mas vieste,
E em terras pisaste.

Eu sou teu,
Por ti e em Ti.
Eu já fui e voltarei,
Para eles que são parte de ti.
Eu sou teu, por ti!

quarta-feira, maio 25, 2005

Essa visão!



Uma visão ao meu alcance, me entristece por ver o que vivo,
As pessoas, as crianças, os bebés que no precário vivem.
Por mais que tentes, fica na tua memória a miragem,
Eles que te esboçam um sorriso, imbatível, de alegria.
Encontras os mais puros e verdadeiros olhares,
De um rosto que se lembrará sempre que o recordares,
Uma paixão, um sofrimento de quem tem e transmite magia.
Ficas contagiado, uma realeza vivida pelo seu cultivo.

Jamais perderás a motivação que te causou aquele voar,
E não esquecerás as vigílias constantes de uma noite de luar.
Reflectida numa grande rocha, que projecta o teu amar.

Esses buracos que se apresentam pelo caminho,
Pequenos, talvez grandes, obstáculos do invisível.
Prolongando-se essas estradas com rumo aparente,
Esperando que devores e descubras esse sonho,
Que tinhas escondido, na esperança que se encontre.
Uma busca constante entre essa inquietação imperceptível.

domingo, maio 22, 2005

Eu queria saber por onde andar

Eu queria saber ...
Por onde andar...

Sem querer.. vi voar..
E assim, e assim, eu vouuu

Para onde for,
O vento que me leva
E me deixa sonhaaaaaaaar.

AhhAhhh

Para onde for,
Quem sabe...
Para onde vou,
Quem descobre...
E nada.. dirá.. palavras
E nada.. fará.. gestos.

E Assim, eu descobri,
Por onde andar
Por onde caminhar
E fui... ter ao mar.
Ter ao mar, Mar...

Sobrevivi, ao alcançar,
Esse luar e esse rimar,
Ai.. deixa crer e deixa ser
Voa para além das margens
E sente as miragens do mar...

Para onde for,
O vento que me leva
E me deixa sonhaaaaaaaar.

AhhAhhh

Para onde for,
Quem sabe...
Para onde vou,
Quem descobre...
E nada.. dirá...
E nada.. fará...
Jamais Acreditarás.
Jamaisss

Santissima Trindade


Paixão de Cristo... Sofrer por Amor
O Amor…

Invocaste o amor pelas mentes perdidas,
E acalmaste as almas que morriam.
Despertas-te a magia da vida, que iam,
E pronunciaste as viagens alcançadas.

Não deixaste nenhum ramo partido
Nem injuriaste o mais tímido,
Serviste a Ele, Deus do Amor
Em que tu demandaste o seu Louvor.

Essas raízes que brotaram da terra,
Espalharam-se pelas águas fluidas.
E cresceu o fruto das etéreas
Ramificações, ampliadas pela ternura.

quarta-feira, maio 18, 2005

PAI NOSSO EM ARAMAICO

PAI NOSSO EM ARAMAICO


Abwun d’bwashmaya
Nethqadash shmakh
Teytey malkuthakh
Nehwey tzevyanach aykanna d’bwashmaya aph b’arha.

Hawvlan lachma d’sunqanan yaomana
Washboqlan khaubayan (wakhtahayan)
aykana daph khnan shbwoqan l’khayyabayn

Wela tahlan l’nesyuna
Ela patzan min bisha
Metol dilakhie malkutha wahayla wateshbukhta
l’ahlam almin.
Ameyn.

Tristes os homens..

Existiu, por mares e lares,
Alguém que nunca te compreendeu.
Lutaram contra os teus amores,
E refugiaram-se no que era só seu.

Não absorveram a tua mensagem,
Explicita, tal como o cantarolar.
Queriam ser eles, o gesticular
Das tuas obras , escondendo a tua passagem.

Serviram os olhares, com lágrimas perdidas,
Retornadas de dor, cheias de injurias.
Foste e voltaste, caminhante verdadeiro,
Saboreias as tristezas e vives o puro.

sexta-feira, maio 13, 2005

Um rebanho que procura!

Um rebanho que procura,
Um rebanho que não descansa.
Ele caminha com força, servindo-Te.

Um pedalar incansável,
O deles, que Te sentem e vivem.
Porque És a sua grande Paixão.

Grandes obstáculos superam,
Partilhando nessas passagens.
O que lhes faz mais feliz, Tu.

O retinir dos pés sobre a Terra,
Leva a Ti, a sua Fé.
Uma Fé, entendida por Caminhos.

Incansável o rebanho,
Que se deixa cultivar.
Iluminado pelo Pastor, Tu.

segunda-feira, maio 09, 2005

No Agora e No Futuro

No agora,
Derramo vestes
No agora,
Caem os olhos sofregos.

No futuro,
Servirei por terras.
No futuro
Perderás medos.

No agora,
Vives intensamente.
No agora,
Gemes por rios distantes.

No futuro,
Amarei o último.
No futuro,
A voz entoará.

No agora,
Ou no futuro,
Serás tu,
Serei eu,
O mesmo,
Encontrado
ou Perdido.

No agora,
Ou no futuro,
Jamais esquecerás
E recordarás,
Lembranças tuas,
Lembranças minhas.
Reencontros perdidos,
Talvez encontrados.


Estará tudo bem?

Acordei hoje sabendo que tinha muito que estudar e trabalhar..
Para que na Terça, ou seja, amanhã tudo pudesse correr normalmente.
Não foi o melhor despertar... mas foi assim que despertei..
Nas aulas tudo parece vago... esquisito... mas só hoje..
Eu sentia-me um estranho.. mas eu mesmo.. não pelos outros.

Sei que a vida me proporcionará muitas oportunidades...
Mas eu é que ando a tentar encontrá-las... talvez não seja o melhor.
Mas assumindo essa oportunidade nada mais temos que confrontar-nos com ela
E ver o que de melhor nos dá,
Tem-me dado coisas muito boas... mas também já cheguei aos meus momentos mais tristes.

É um impacto psicológico.. o meu, o do meu dia-a-dia..
Isto porque vou aprendendo, que tenho de levar tudo com mais paciência e calma...

Eu próprio digo aos outros.. para terem calma e paciência,
mas a minha escondo-a no visivel... mas no invisivel.. ofusca-se e perde-se sem freios.

:S

terça-feira, maio 03, 2005

Pára e Sente-O!

Já desceu a maré e
O mar continua a flutuar.

Nos horizontes da Terra,
Buscas o profundo oceano.

Crias selvagens olhares,
Perdendo as verdadeiras miragens.

Se O precisas de encontrar,
Pára e sente-o,Ele está em Ti.

Sente o reflexo da água,
Não procures o fundo.

Foge ao vazio perdido,
E vive a alegria de O descobrires.

quarta-feira, abril 27, 2005

Sobe à montanha!

Sobe à montanha, e grita bem baixinho,
Cujo silêncio te levará a amar
Nas paisagens perdidas desse invisivel Mar

Estás na montanha porque queres crer,
Dizer-te, confiante, que acredito em Ti
E vim para dizer que já te Vi.

Sobe à montanha, e grita bem alto,
Vim a este mundo para anunciar-te
E dizer que na minha Fé cultivo-te.

terça-feira, abril 26, 2005

A nossa Missão.!


Os Amigos.... Grandes amigos de Missão
e do meu Coração, nas terras Moçambicanas.
Da esquerda para a direita: Carla, Pedro(eu) e Sara Neves
Su

A escutar uma voz linda...

Existem muitas vozes
Com poder na música.

Existem muitos sons
Mas nenhum
Com uma sensatez tão pura.

Esta voz que escuto é maravilhosa
Não sei se alguém a descobre como eu,
Mas dá-me uma sensação incrivel de calma.

Não a escutava há muito tempo,
Mas estava na minha memória..

E cá ficou guardada.
Á espera que a relembrassem.

Uma opção musical,
Com muito amor, sentimento
Carregado de verdadeiros dons.


P.S: Musica de Tori Amos intitulada "A Sorta Fairytale"
Escutem.. é maravilhosa.

domingo, abril 24, 2005

Quero navegar!

Quero navegar nas asas que me concedes
E assim viajar por onde me deixares.

Sou um dos teus pescadores
Mas sem peixe onde buscar.

As redes aparecem rotas
E eu as conserto, na esperança.

Saber por que mares e rios andar
Para a tua sabedoria partilhar.

Sou uma das infimas pessoas do teu mar
Que quer sentir o prazer de voar.

Junto ou longe de ti
Quero sempre lembrar esse Mar.
Onde eu serei pescador
E tu o meu olhar.

sábado, abril 23, 2005

Em que mundo

Em que mundo estamos, para acreditar no que seja?
Em que mundo fugimos, para deixar de ver o desastre?
Em que mundo suplicamos, para crer em materialices?
Em que mundo escondemos os papéis riscados?

Não sei que mundo é este...
Só sei que faço parte dele.

sexta-feira, abril 22, 2005

Sobreviver

Um sonâmbulo ri
Pelas ruas desertas,
Onde lhe refrescam arpas
O sentido que descobri.

Escondidos na noite bela
Os barulhos surgem,
Um calma aparente vem
Mostrando o que tem ela.

Nevoeiro pairando
Sobre árvores vivas,
Que vivem bailando
Ao som das saidas.

São paisagens sorridentes
Por sabedorias constantes,
Perdidas pela luz
Ofuscadas em que as seduz.

domingo, abril 17, 2005

Ademais

Dedicado a uma pessoa especial!

Que tenhas um bom amanhecer
Nessa tua alegria de viver
Com suaves olhares
Em reversos escutares.

Que numa brisa
Te sintas feliz
Por saberes quem a fez
E que vivas o dia
Como Ele sempre Fez.

Mais do que uma amiga
És uma grande pessoa
Que o sonhar seja o teu acordar
Para que te possa relembrar.

Um suave gesto
Dás a todos
Os que te adoram
Pela pessoa e por amares.

Saberás onde buscar
O alento do teu mar
Cada viagem,
Como sabes.. remando!

sábado, abril 16, 2005

Que dificil sonhar, ou fácil sonhar!

Eu sentia os remos voar..
Por cada brisa que passava
Não seria mais que ira
De uma vida que culminava
Escutando o leve e breve sonhar
De um pássaro cantar
Zumbindo nesse ouvido
Um sussurar imaginativo
De um luar
Que transborda de sentir
As mágoas
Por querer lutar,
E sem poder alcançar
O saber
A visão de neste
Viajar
Poder caminhar
Junto aos outros.
Com ares de alegria
Sorri o povo
Que pensava ter
E não querer,
Preso por um lugar
Por um espaço,
Que está lá.
Eu escrevo-lhe
Dizendo:
Sinto-te e te Invocarei
Por terras que criaste
Através deste Ouvir
Uma mensagem de fé
Que sempre quiseste
E sempre anuncias-te
Lugares perdidos
Sem orientação
Construídos
Em Ti e por Ti
Sobre espaços
Que refugiados
Na solidão
Saboreiam a mais
Bonita sensação.
De pedir
Um Carinho
Que me cai, na lentidão
De quem nunca sentiu um não.
Posso e quero
Ser teu comungando
Com a onda
De alento
Que foi na escuridão
Que passou à um senão.
Porque te ouço na
Mais profunda e
Sentida paixão
De querer viver
Nesse coração
A razão de existir
Uma verdadeira
Alusão.
Ao chorar neste canto
Um amoroso beijar
Da tua emancipação
Que diferente
Amadurece
Quem cai em Ti
Por uma simples
Questão
De saber
Onde pertence.
Jamais será esquecido
O Ser que mudou,
Uma vida que cambiou
Em cada brisa que sentia,,
Ao passar junto do Mar,
Por querer anunciar a sua alegria.
E porque é fácil sonhar
E dificil concretizar,
Hoje perdi
Mas amanhã sentirei
Os frutos
Que neste canto se produzem
Para ir proclamar
O meu sentir
O meu ver
O meu escutar,
O meu saborear,
Em Ti

Eu sei o que estou a sentir por não estar aí!

Queria estar aí,
No lugar onde vivi,
Para sentir o que fiz!

Eu sei o que sinto,
Por mais uma vez,
Não poder estar aí.

Sinto-me triste,
Porque eu quis,
E vivo nesse Mundo.

Num mundo,
Que vos escapa,
Apenas alguns.

Estou morto de saudades,
Por uma coisa que vivi,
E por algo que nunca desisti

Adorava estar aí,
E sinto-o aqui,
Que falta tenho
De mostrar
O meu Amor.

Todos o sentem,
Eu o sinto,
Mas estou mal,
Porque não posso
Afinal..
Que faço eu?

quarta-feira, abril 13, 2005

Vozes no mar (Madredeus)

Letra de Pedro Ayres Magalhães

vozes no mar
ouvimos nó
salto a cantar
por todos nós

ò Mar
ò Mar
já vamos...
ò Mar
ò Mar
lá vamos...e salvem-nos...

vozes no mar
quem as ouviu
ouviu cantar
também sentiu

ò Mar
ò Mar
já vamos...
ò Mar
ò Mar
lá vamos...
e salvem-nos...


vozes no mar
no mar ouvi
ouvi cantar
também senti

ò Mar
ò Mar
ouvimos
ò Mar ò Mar
cantamos
ò Mar ò Mar
já vamos
ò Mar
ò Mar

lá vamos...e salvem-nos

terça-feira, abril 12, 2005

Saberei até onde caminhar,
Deixando o mar navegar!

Saberei até onde viajar,
Remando até encontrar!

Encontrar a presença viva
De um espírito,
Escondido em mim
Em sufrágios
Perdidos.

segunda-feira, abril 11, 2005

Saberei onde caminhar!

Um grande Amor se manifestou em mim - a Missão.

Foi numa vivência incrivel, que o ano de 2004 se manifestou em mim, como uma altura mais prodigiosa do que sentia por Ele. Levou-me a acreditar ainda mais que está presente em cada espaço que vou, em cada passo que dou, e em cada obstáculo que ultrapasso.

Foi assim, que num chamamento verdadeiro consegui sentir a minha primeira experiência, com uma fé presente n´Ele, sempre com Ele ao meu lado. Caminhou junto a mim, pois foi ali que passei a sentir o teu olhar, o teu escutar, o teu tocar, o teu sabor, o teu partilhar comungado em vida!

Foi assim, que acreditei nesse Amor escondido em mim, que brotou em grandes dimensões.. reflectindo-se em tudo o que faço..

Mais uma vez eu,
Não construí sozinho.
Só construí
Porque as tuas mãos estão ali,
Em cada pedaço de terra que piso,
Em cada movimento eterno,
Num gesto só teu!

Crónicas

Uma realidade que a muitos faz falta viver!
Numa angustiante e desenfreada passagem da vida, o Homem vive cada vez mais centrado em si.
Torna-se uma presença incógnita, que usufrui dos outros e não de si mesmo. É um olhar para dentro.
A importância que assume o consumismo na nossa mente resulta numa invasão inconsciente de cada passo que damos e vivemos numa cidade cosmopolita.
O querer viver mais próximo de Deus, torna-se uma tarefa dificil, juntando sempre a esta tarefa uma série de desculpas não razoáveis que promulgam a tristeza dos que são fiéis à Palavra d´Ele. Os últimos cooperam com o objectivo de, a partir de uma Nova Evangelização, chamar e transmitir os mandamentos presentes de Deus.
O crer e viver esta evangelização frutífera, se todos acreditarmos, conduz-nos ao mais belo e rico pensamento elevado a quem nos escuta e vê, o de querer viver a vida manifestando e partilhando a Alegria de viver em Cristo, Deus feito Homem.

sexta-feira, abril 08, 2005

Procurando nestes mundos!

Servir a Ele,
Sempre foi um engima,
Uma seriedade verdadeira,
De querer usufruir desse espaço.

Querer partilhar,
Na procura de um lugar
Que desse satisfação,
Aos objectivos sentidos.

Eu sei o que sinto,
Por amar...
Por querer..
Por sentir...
Que do outro lado deste mundo,
Há um querer mais profundo.
Um escolher vivo, de uma paixão
Que devorando com prazer
Eu me sinto realizado.

Ninguém me impede
De escolher o meu caminho,
De mostrar,
Que quero algo mais
Que uma fútil vida,
Marcada pelo exagero
E pelo poder.

Quero ir mais além,
Buscar o Amor,
Buscar o Prazer
Buscar o Viver...

Um viver em Missão..

segunda-feira, abril 04, 2005

Sarau Missionário



Convido-vos e o SDAM convida, a que assistam a um Sarau, que se irá realizar no Seminário de S.ta Joana (AVEIRO) pelas 21.30m.

Não percam.... vai ser espectacular... lol

A sério, venham conhecer a realidade da nossa Diocese, uma aventureira nas Missões.


Abraço e Beijo

Como te sentes?

Humm

Como te sentes,
Num espaço sem compasso.

Olhando cada retrato,
Sem ver,
Que espaço
Se esconde nesse momento.

Um retrato perdido
Nesse continuo pedaço.

Como te sentes,
Se foste criado
Por um olhar timido.

Se vês uma paisagem,
Despercebida pela multidão,
Que triste sensação.

Como te sentes,
Como te sentes,
Num espaço sem compasso.

Como te sentes,
Se foste criado
Por um olhar timido.

Num ar fugitivo,
Colaborando ao sabor do vento,
Num retrato que perde
Pela sua paisagem...

Como te sentes?

terça-feira, março 29, 2005

Revoltado

não há tertúlia,
não há consenso,
quando julgas dizer
que os actos são irresponsáveis
e que as acções são inexplicáveis.


não há serviço a um ser próprio,
não há uma via comum,
quando num partilhar mutuo
sofres por mostrar que neste espaço
que é de todos,
morres por não seres entendido.


não há motivação,
não há alegria,
quando sentes que por mais que tentes,
ninguém te aguenta, ao seres, um pouco diferente
e, nessa revolta, por querer dizer,
que o mundo gira à nossa volta.


não há nada
não há, mas continuará?

Eu sei que sim

Eu sei que sim,
Neste momento vago.
Encontras tristezas
que remam contra a maré.
Não adianta quereres mudar,
pois há sempre alguém,
que te diz, naufragar.


Eu sei que sim,
Nas tentativas de mudar,
As tradições, e rivalidades.
Não há ninguém que o faça,
Ou pelo menos que tente,
Surjo eu e, acontece a
Grande desgraça.


Tudo isto, porque
Vou contra as leis,
Tudo isto, porque
Sei que não está bem.


Por mais que se tente
As coisas ficam dificeis.
As relações ausentes e,
As profundezas vivas.


Tudo sei,
Pode ser por mim
Tudo tento,
Para mostrar,
Que somos tão vulneráveis
Que num momento
Podemos,
Despedaçar.