domingo, maio 29, 2005

Que duro...




Entranho-me nas tuas suplicas,
Sinto a viagem de regresso do corpo,
A admiração que causaste,
E a forma que mostraste amar.

Deixa-me recriar esse espaço,
De dor e de sacrificios não reconhecidos,
Cativar os pobres de espírito e mostrar-lhes,
O quão perfeito foi o júbilo do olhar.

Como não podem viver a sensação
De ser castigado pelo mal dos outros,
Como se esquecem das injurias dos povos
E não se mostram sensíveis as durezas.

Para onde vai o povo que culmina na riqueza,
Que perde o entendimento e deixa-se sofrer sem ser por Amor,
Quem pode mostrar e valorizar-se,
Se não tem a quem louvar, e livrar-se das impurezas.

Pessoas sem comunhão, sem amabilidade,
Esses batuques de dor que transportas e remam,
Ao interior sôfrego pelo maléfico viril
Que perseguição desconcertada e inoportuna.

Rasgos velozes, marcados pelos instrumentos
As calamidades de almas inconscientes
Esbanjando águas viajadas por rios,
Mares de suculenta condenação oracional.

Como se invade o infortúnio recaído,
Que não tem pés para levantar
Nem braços para apoiar,
Nem rosto para mostrar a sua injuria.

Como se pronuncia prantos secos,
Que de sementes só as que não prestam permanecem,
E de alimento, só as que estão envenenadas,
E consomes, consomes até um dia dizer... .

Rojo

Invade a tortura desse teu olhar,
Mostra a raiva que te leva ao paginar
Corre em movimentos longos, com força
E deixa-te cair por águas vermelhas.

sexta-feira, maio 27, 2005

As pautas...


Deixa-te afagar por esta sonoridade,
Uma paz que usufruis sem nenhum deslize
E descobre as notas que adejam,
Ritmando os compassos de uma modulação,
Aspirando o culto ao escutar maravilhas.

Deixa-te cair em pautas complexas,
Mas na sua inteligibilidade,
São fáceis de sentir e aprofundar.
Um vigor, uma força além do aquém,
Submetendo o escutar aos mais belos luares.

Deixa-te absorver pelas vozes frutíferas,
Uma invasão cantante de tremelicar os pífaros,
Levando-se pela letra, aparentemente longe.
Erigindo as súplicas que exteriorizam,
O vigor e a fascinação de tão belas poesias glorificar.

Rostos


Rosto Moçambicano - I love Moza

Deixa as lágrimas...

Jamais vimos a essência de uma caminhada de perseverança, de amor, de qualidade produtiva, em que no mundo tudo diz: eu pertenço a esta parte e tu pertences aquela. Todos condenamos e catalogamos o mínimo que seja, por vezes sem importância.

Jamais descobriremos para onde nos levam os rios, que de águas puras a impuras, transformações sofreram e sem possibilidades refugiaram-se na tristeza de quem os observa. Todos mostramos o desagrado e arranjamos desculpas, inventamos questões e esquecemo-nos do essencial.

Jamais voltaremos ao tempo de quem sabe o que diz, sem pronunciar juízos atróficos. Quem sabe para onde e até onde podemos sentir as maravilhas do meu jazigo. Todos reservamos palavras e escondemos sentimentos, porque nem todos os têm que saber, e nem a todos importa.

Jamais viveremos a verdadeira vida que se nos apresenta, se além do mar só vires paredes, e das paredes só vires o mar. Todos percorremos os obstáculos, ultrapassando-os ou modificando-os, são opções míseras da nossa fútil consciência, de todos? Ou só de alguns!

quinta-feira, maio 26, 2005

Eu sou teu, por ti!


Eu sou teu, por ti!
Eu sou teu,
E tu és meu.
Eu escuto e aprecio,
A reflexão desse assobio.
Ganho força e parto,
Em Busca desse pranto.
Foste, mas vieste,
E em terras pisaste.

Eu sou teu,
Por ti e em Ti.
Eu já fui e voltarei,
Para eles que são parte de ti.
Eu sou teu, por ti!

quarta-feira, maio 25, 2005

Essa visão!



Uma visão ao meu alcance, me entristece por ver o que vivo,
As pessoas, as crianças, os bebés que no precário vivem.
Por mais que tentes, fica na tua memória a miragem,
Eles que te esboçam um sorriso, imbatível, de alegria.
Encontras os mais puros e verdadeiros olhares,
De um rosto que se lembrará sempre que o recordares,
Uma paixão, um sofrimento de quem tem e transmite magia.
Ficas contagiado, uma realeza vivida pelo seu cultivo.

Jamais perderás a motivação que te causou aquele voar,
E não esquecerás as vigílias constantes de uma noite de luar.
Reflectida numa grande rocha, que projecta o teu amar.

Esses buracos que se apresentam pelo caminho,
Pequenos, talvez grandes, obstáculos do invisível.
Prolongando-se essas estradas com rumo aparente,
Esperando que devores e descubras esse sonho,
Que tinhas escondido, na esperança que se encontre.
Uma busca constante entre essa inquietação imperceptível.

domingo, maio 22, 2005

Eu queria saber por onde andar

Eu queria saber ...
Por onde andar...

Sem querer.. vi voar..
E assim, e assim, eu vouuu

Para onde for,
O vento que me leva
E me deixa sonhaaaaaaaar.

AhhAhhh

Para onde for,
Quem sabe...
Para onde vou,
Quem descobre...
E nada.. dirá.. palavras
E nada.. fará.. gestos.

E Assim, eu descobri,
Por onde andar
Por onde caminhar
E fui... ter ao mar.
Ter ao mar, Mar...

Sobrevivi, ao alcançar,
Esse luar e esse rimar,
Ai.. deixa crer e deixa ser
Voa para além das margens
E sente as miragens do mar...

Para onde for,
O vento que me leva
E me deixa sonhaaaaaaaar.

AhhAhhh

Para onde for,
Quem sabe...
Para onde vou,
Quem descobre...
E nada.. dirá...
E nada.. fará...
Jamais Acreditarás.
Jamaisss

Santissima Trindade


Paixão de Cristo... Sofrer por Amor
O Amor…

Invocaste o amor pelas mentes perdidas,
E acalmaste as almas que morriam.
Despertas-te a magia da vida, que iam,
E pronunciaste as viagens alcançadas.

Não deixaste nenhum ramo partido
Nem injuriaste o mais tímido,
Serviste a Ele, Deus do Amor
Em que tu demandaste o seu Louvor.

Essas raízes que brotaram da terra,
Espalharam-se pelas águas fluidas.
E cresceu o fruto das etéreas
Ramificações, ampliadas pela ternura.

quarta-feira, maio 18, 2005

PAI NOSSO EM ARAMAICO

PAI NOSSO EM ARAMAICO


Abwun d’bwashmaya
Nethqadash shmakh
Teytey malkuthakh
Nehwey tzevyanach aykanna d’bwashmaya aph b’arha.

Hawvlan lachma d’sunqanan yaomana
Washboqlan khaubayan (wakhtahayan)
aykana daph khnan shbwoqan l’khayyabayn

Wela tahlan l’nesyuna
Ela patzan min bisha
Metol dilakhie malkutha wahayla wateshbukhta
l’ahlam almin.
Ameyn.

Tristes os homens..

Existiu, por mares e lares,
Alguém que nunca te compreendeu.
Lutaram contra os teus amores,
E refugiaram-se no que era só seu.

Não absorveram a tua mensagem,
Explicita, tal como o cantarolar.
Queriam ser eles, o gesticular
Das tuas obras , escondendo a tua passagem.

Serviram os olhares, com lágrimas perdidas,
Retornadas de dor, cheias de injurias.
Foste e voltaste, caminhante verdadeiro,
Saboreias as tristezas e vives o puro.

sexta-feira, maio 13, 2005

Um rebanho que procura!

Um rebanho que procura,
Um rebanho que não descansa.
Ele caminha com força, servindo-Te.

Um pedalar incansável,
O deles, que Te sentem e vivem.
Porque És a sua grande Paixão.

Grandes obstáculos superam,
Partilhando nessas passagens.
O que lhes faz mais feliz, Tu.

O retinir dos pés sobre a Terra,
Leva a Ti, a sua Fé.
Uma Fé, entendida por Caminhos.

Incansável o rebanho,
Que se deixa cultivar.
Iluminado pelo Pastor, Tu.

segunda-feira, maio 09, 2005

No Agora e No Futuro

No agora,
Derramo vestes
No agora,
Caem os olhos sofregos.

No futuro,
Servirei por terras.
No futuro
Perderás medos.

No agora,
Vives intensamente.
No agora,
Gemes por rios distantes.

No futuro,
Amarei o último.
No futuro,
A voz entoará.

No agora,
Ou no futuro,
Serás tu,
Serei eu,
O mesmo,
Encontrado
ou Perdido.

No agora,
Ou no futuro,
Jamais esquecerás
E recordarás,
Lembranças tuas,
Lembranças minhas.
Reencontros perdidos,
Talvez encontrados.


Estará tudo bem?

Acordei hoje sabendo que tinha muito que estudar e trabalhar..
Para que na Terça, ou seja, amanhã tudo pudesse correr normalmente.
Não foi o melhor despertar... mas foi assim que despertei..
Nas aulas tudo parece vago... esquisito... mas só hoje..
Eu sentia-me um estranho.. mas eu mesmo.. não pelos outros.

Sei que a vida me proporcionará muitas oportunidades...
Mas eu é que ando a tentar encontrá-las... talvez não seja o melhor.
Mas assumindo essa oportunidade nada mais temos que confrontar-nos com ela
E ver o que de melhor nos dá,
Tem-me dado coisas muito boas... mas também já cheguei aos meus momentos mais tristes.

É um impacto psicológico.. o meu, o do meu dia-a-dia..
Isto porque vou aprendendo, que tenho de levar tudo com mais paciência e calma...

Eu próprio digo aos outros.. para terem calma e paciência,
mas a minha escondo-a no visivel... mas no invisivel.. ofusca-se e perde-se sem freios.

:S

terça-feira, maio 03, 2005

Pára e Sente-O!

Já desceu a maré e
O mar continua a flutuar.

Nos horizontes da Terra,
Buscas o profundo oceano.

Crias selvagens olhares,
Perdendo as verdadeiras miragens.

Se O precisas de encontrar,
Pára e sente-o,Ele está em Ti.

Sente o reflexo da água,
Não procures o fundo.

Foge ao vazio perdido,
E vive a alegria de O descobrires.