terça-feira, novembro 14, 2006

Bendito és

Bendito és

Procurando encontrar um lugar ditoso
Onde me coloque e ali permaneça constantemente.
Ditando passos e sobrevoando calçadas
Para me compor espiritualmente.
Bendito és, por Te escutar, Ser gracioso.

Calculando sínteses que se adulteram
Em pedaços de papel rasgados inconscientemente.
Detalhando pontos e vírgulas que assentem
Nas missivas formadas profundamente.
Bendito és, por Te escrever, ó Ser que amam.


Louvando as missas que de um toque harmonioso
Respondem à misericórdia que absorvem.
Um sabor que emerge cheio de compaixão
No que toca ao coração sem margem.
Bendito és, por Te sentir, Ser melodioso.

domingo, outubro 29, 2006

Corações fechados

Falar de Deus a corações fechados
É tremendamente gratificante,
Mas também desmoralizante,
Quando nos olhos se vê a resistência
Em acolher magnifica alegria,
Falando de Deus aos exactos.

Falar de Deus a espíritos ressequidos
Leva o mar aos perdidos rolos das ondas,
Onde na areia se refugiam as partículas
Perdidas na ausência de momentos
Contigo, nos caminhos infinitos,
Falando de Deus aos inspirados.

Falar de Deus a almas resguardadas
Fazem receber um único sim,
O desafio que acerta em mim.
Nas insígnias de algo supérfluo,
Sem fundamento, nem concluo
A fala de Deus nas provas dadas.

sábado, outubro 28, 2006

distintos sustenidos

a distinção a quem é bem
não mata senão algúem
que para fugire a quem
se teme o seu além

a distinção a quem sofre
não roe a mente pobre
no segredo fúnebre
da alma que me perturbre

segunda-feira, outubro 02, 2006

Atmosfera de Deus

Eu já consegui,
Entrar na tua atmosfera, meu Deus.
Foi nela que me encontrei quando estava perdido.

Eu já consegui,
Sentir esse ambiente, que só Tu,
Consegues transmitir no teu silêncio o meu.

Eu já consegui,
Devorar letras e capítulos, porque Tu,
Inspiras as palavras que leio, quando me refugio.

Eu já consegui,
Caminhar sem objectivos, mas faltavas Tu,
E agora Senhor, fazes parte do meu projecto de Vida.

Eu já consegui,
Cair e levantar-me, porque tinha um amigo,
Eras Tu, e sempre me ajudaste a reconhecer os erros.

Eu já consegui,
Fechar-me no escuro, para sentir as faltas
Que cometi nestes anos, e Tu fizeste-me recordar alegrias.

Eu já consegui,
Olhar o horizonte sorridente e luzente,
Mas vi também raios que me perturbam no trilho.

Eu já consegui,
Sentir-te, Amar-te, Ver-te, Louvar-te,
E hoje consigo acima de tudo, ajoelhar-me a TI.

Atmosfera de Deus

Eu já consegui,
Entrar na tua atmosfera, meu Deus.
Foi nela que me encontrei quando estava perdido.

Eu já consegui,
Sentir esse ambiente, que só Tu,
Consegues transmitir no teu silêncio o meu.

Eu já consegui,
Devorar letras e capítulos, porque Tu,
Inspiras as palavras que leio, quando me refugio.

Eu já consegui,
Caminhar sem objectivos, mas faltavas Tu,
E agora Senhor, fazes parte do meu projecto de Vida.

Eu já consegui,
Cair e levantar-me, porque tinha um amigo,
Eras Tu, e sempre me ajudaste a reconhecer os erros.

Eu já consegui,
Fechar-me no escuro, para sentir as faltas
Que cometi nestes anos, e Tu fizeste-me recordar alegrias.

Eu já consegui,
Olhar o horizonte sorridente e luzente,
Mas vi também raios que me perturbam no trilho.

Eu já consegui,
Sentir-te, Amar-te, Ver-te, Louvar-te,
E hoje consigo acima de tudo, ajoelhar-me a TI.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Dureza de sentir ou cair.

Nem uma afável língua
Comunicadora entre todos
Transforma a exígua
Lástima de sopros.


Na dureza inócua
Onde constam blocos
Que fragilidades apazigua,
Os cânticos repletos.


Na dureza de cair
Sem almas aspergir,
Deixar-te ir
E no oculto partir.


Nem um sentir
Corpo e fogo unir
Sem jogos fugir
Ao longe sair.

quinta-feira, julho 06, 2006

Dissipam-se os ventos

Dissipam-se os ventos


Em que lugar se escondeu o vento,
Que de tão longe trazia ventanias
Capazes de jogar para longe, e tão perto,
Os aconchegos da tempestade suave.

Em que lugar se espalhou o vento,
Que escapou por entre os corpos
Levando sempre,mas sempre, o sorriso,
Que se torna dificil neste encontro.

Em que lugar se esqueceu o vento
De passar e largar a sua marca,
Senão quando se está só, e força,
Ressurgindo por entre insignias.

Em que lugar, Em que local,
Deixei o vento escapar, e o olhar evaporar?
Em que espaço, Em que mundo,
Deixei o vento transparecer, e o corpo tornar-se insólito.
Em que viagem há-de o vento retornar.?

segunda-feira, maio 01, 2006

Olhares tristes


Olhares tristes.





Sem chama não há fogo,
Sem fogo não há chama,
Sem os dois, não há Amor.

Os fragmentos que ficam,
Descontentamentos que aumentam,
E sabendo, não querer sentir.

Sem água não há maresia,
Sem maresia não há alegria,
Sem mais querer, apenas perceber.

Os distintos caminhos das viagens,
Conduzem às constantes imagens.
Arrastos de sensações sem explicações.

Sem tronco não há árvore,
Sem árvore não há tronco,
Sem os dois, esquece-se a magia da vida.

Se os remos insistem em partir,
Que resulta de tudo isto,
Se não existir comunhão?

Se os olhares mudaram,
Escondendo-se dos medos
Que tudo podem causar.



domingo, abril 23, 2006

As viagens do meu mundo...

As viagens do meu mundo…


As viagens do meu mundo,
Estão distantes e longínquas
São sombras do profundo,
Sabedorias e constantes capicuas.

Fugazes as vozes de auxílio,
Almofadas sem aconchego.
Criações que levam ao exílio,
Perdições sem desassossego.

Cravando cruzes escondidas,
Sem açoites injuriados.
Relembrando pedaços dados,
Quando novo, situações vividas.




sábado, abril 15, 2006

Como podemos ficar indiferentes?




Podia vendar os olhos,
Não ver quanta desgraça existe.

Podia esquecer os outros
Sem imaginar o quanto egoísta seria.

Podia viver sem remorsos
Mas perante tanto sofrimento que choca...

Podia levar a minha vida habitual
Mas não recordar imagens como estas...

Podia sofrer sem ser por isto
Mas onde está o meu Amor?

Podia fugir à inculpabilidade deste povo
Mas se sou e posso ser um dos culpados...

Vejamos quanto precisam de nós.


quinta-feira, abril 13, 2006

Cena de Amor


Cena de Amor



A Páscoa que chega,
Despertando o entusiasmo
Desta vivência
No Amor da Eucaristia.


Um acto sacramental
De todos os dias,
Num corpo que se fez Espírito
E Alma no Mundo.

Instituição do que advinha
Caiu sobre mim a sua chama,
Alimento da minha fé,
Sangue da minha vida.

A Cena de Amor,
O Corpo do Redentor,
A Alma do Apóstolo,
O Espírito do Salvador.

domingo, abril 09, 2006





Sem mais nada, percorro,
Sem mais nada, percorro,
Distâncias longas para ir
Ao Teu encontro,
Ao Teu encontro, nas margens semear.


Sem mais nada, transito,
Sem mais nada, transito,
Ai quantas imagens,
Deixam ir,
Deixam ir, espalhando mensagens.


Tu fazes parte da minha história,
Tu fazes parte do meu amor,
Porque eu em Ti, sinto,
Porque eu em Ti, vivo,
Porque eu em Ti, Te sigo, Senhor.
Porque eu em Ti, Te sigo, Senhor.


Sem mais nada, descubro,
Sem mais nada, descubro,
Tu, aqui comigo,
Sempre, Sempre, Sempre.
Tu e Eu, Tu e Nós, Senhor és Tu
Senhor és Tu, a minha voz.

quarta-feira, abril 05, 2006

Algum me diz

Alguém me diz…


Lendo paisagens da natureza, encontro-Te,
E ouvindo-Te por sonetos escritos por outrem,
Mas que, simplesmente, evocam a Tua autoria.

Sempre Te descobrimos, presente, no nosso espírito.
Um espírito que só a Ti pertence, porque somos Teus.

Caindo na profundeza das Tuas parábolas, iluminas-me,
O dom dessa palavra escrita e praticada, fogo da minha Fé,
Que grande descoberta, a de correr ao encontro do Teu sinal.

Sempre Te descobrimos, juntos, que imanas o nosso ser.
Um ser que só cresce e vive em festa, porque somos Teus.

Querendo levar-Te sempre comigo, caminhando,
Na força dos ventos e pelas maresias do sonho,
Respondendo, convictamente, aos mistérios dos Teus rastos.

Sempre, porque sempre, e só sempre e para sempre serei Teu!


terça-feira, abril 04, 2006

Um sorriso aberto ...

Um sorriso aberto nos lábios do teu encontro.
Um sorriso desperto nas imagens do tesouro.
Um sorriso incerto nas insígnias de ouro.
Um sorriso almejado na fúria do teu ser.
Um sorriso…

quarta-feira, março 29, 2006

Vi a mão de Deus!




Hoje, chegando a casa,
Senti a Tua presença.

O céu escuro, nublado,
Cativou-me porque estavas lá Tu.

Atentamente, fixei o meu olhar
Em traços que Te distinguiam.

A feição da Tua mão estava ali
E que perfeição tinha, a contemplação.

Tu podes tudo, e em Ti creio,
O poder da Tua mão, a salvação.

Teu Filho, que usou a tua mão,
Para curar os enfermos, a purificação!

És Tu a mão dos meus dias,
A força que puxa – a bênção!

terça-feira, março 28, 2006

A minha oração

A minha oração.



Meu Senhor, acredito sempre que És a fonte da minha existência,
O esconderijo do meu sofrimento e a perseverança da minha atitude.

Meu Senhor, bem sabes que corro sempre ao Teu encontro,
Quer seja nas lágrimas da dor, Quer seja nas saudosas alegrias.

Meu Senhor, carrego algumas cruzes do passado, ineptas no presente,
Porque nos meus pecados vejo a conversão dos meus erros.

Meu Senhor, dar-Te espaço no meu canto, é uma alegria,
Querendo viver o gáudio da tua compaixão em mim.

Meu Senhor, no meu choro, sabes pelo que anseio, sabes o que me inquieta,
Porque só tu podes guiar-me, e os teus sinais, são eternamente visíveis.

Meu Senhor, ao estar aqui contigo, quanto me apraza a sede e a fome,
Fazendo que a minha Fé seja como rocha, o Amor como água, a Vida como grão de areia.

Meu Senhor, como te louvo
Meu Senhor, como te amo
Meu Senhor, como te adoro
Meu Senhor, como te dignifico
Meu Senhor, como te exalto
Meu Senhor, como te clamo

Tu és a minha alma e o meu espírito.


sábado, março 25, 2006

Desviar o meu olhar

Desviar o meu olhar


Já esqueci o olhar
Que tanto me queria desviar
Da atenção que prestei ao lacrimejar.

Já deixei libertar o olhar
Dos momentos fundos de adorar
A missão que me faz devanear.

Já perdi a sombra
Desse dia escuro que encerra
Brotando um novo chegar do olhar.

Já desviei o meu olhar
Para que o tanto que me faz caminhar
Dê forças para ir alcançando sempre o amar.

domingo, março 19, 2006

No ontem...


No ontem sabia que a dor do coração
Era o ázimo de não encontrar doação.

No ontem sabia que o morrer de cansaço
Era o padecimento de transpor um passo.

No ontem sabia que o silêncio era poder,
Era o conter e renunciar de tanto dizer.

No ontem sabia que à luz do corpo
Era a chama do coração se tornando carpo.

No ontem sabia que a razão da alma
Era a invalidez de manear a calma.

No ontem sabia que o escutar
Era o vaticínio de todos os dias partir para anunciar.

No ontem… vemos o de hoje.
No ontem… melhoramos o do amanhã.

sábado, março 11, 2006

O sofrimento que vem da música…





Quanto tempo, deparo,
Singrando os meus ouvidos
Por ondas fecundas de sentimentos
Que surgem nas mais bonitas sonoridades.

Quanto tempo, estranho,
Navegando os meus olhares
Nas paisagens que choro ao lembrar,
Sentindo vivências de outros lugares.

Quanto tempo, imagino,
Nesse alcançar dos meus sonhos
Por intermédio de flutuações retraídas
Querendo marcá-los pelos segredos.

Quanto tempo, sufoca,
Velejando de corpo inteiro
Invadindo as águas corrompidas
Decretos intimistas e nada percussionistas.

Quanto tempo, acalmia,
Rumos de sonetos soltos
Nas pautas de uma vida com quedas
Que sofrem por tantas claves…

terça-feira, março 07, 2006

Ver-Te




Ver-Te, é um efémero pensamento
Que brota do imaginário do momento?

Ver-Te, é um enlace visual
Que escapa ao súbito intermitente.

Ver-Te, é sinal dos tempos
Que correm ausentes de tudo e de Ti.

Ver-Te, é clarificar a minha alma
Que se camufla só para te encontrar.

Ver-Te, é dar-me por inteiro
Quer no pensamento, na vida, no perpétuo.

Ver-Te, é olhar tudo o que tens
Quer na criação, na paixão e
na reconstrução de um templo novo.

domingo, fevereiro 26, 2006

O cais...

::cidade de aveiro::
O cais...

Ó cais das lágrimas,
Padeço de Ti,
Quando nas viagens
Te vejo partir.

A revolta das águas,
Criam ondas,
Jamais pensadas
Nestas heranças.

Ó cais das lágrimas,
Atracar-me a Ti
Afogando as mágoas
E ter-Te para mim.

Ó cais das lágrimas,
Não quero desprender-me,
Quero sim, viver,
Sempre junto a Ti.

A calma das águas,
Demonstram a serenidade
Da tua imagem,
A quem, a Ti, ama.

Ó cais das lágrimas,
Nada faz sentido, se Tu,
Não estás dentro de mim.
Nada demonstra sentimento,
Se não foi pensado em TI!

O meu cais...
Que tantos vêm.




P.S.: o que consideramos como dádiva?

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Seduzido pelo Teu amor.














Seduzido pelo Teu amor.




Acreditar no Teu amor,
Jamais me fez equivocar,
Na forma como a tua voz
Soa ao meu ouvido,
Em cada vez que te escuto!


Sonhar com o Teu amor,
Jamais me fez imaginar
Outra forma de vida,
Senão a que te seguir,
Em cada passo que percorro!


Espalhar o Teu amor,
Jamais me fez cair
No erro de descartar
Ou abandonar a força
Da Tua palavra,
Em cada letra que pronuncio!


Cultivar o Teu amor,
Jamais me fez esquecer
Da gota de água,
E do brilho que transmites
Em cada olhar que permeio!


Viver o Teu amor,
Jamais me fez duvidar
Dos sinais do clamor
Que introduzes em mim,
Em cada rio de lágrima vivo!

Bons momentos…



Bons momentos…

Com muito querer,
As memórias ressalvam os esquecimentos
Que depuramos nos passos marcados,
Em constantes momentos vividos.

Com muito viver,
Choramos pelas saudades que deixámos
Noutras terras, noutros mundos que não o nosso,
Nos constantes momentos queridos.

Com muito lembrar,
Vemos os rostos das imagens guardadas
Por registos ubíquos de memória
Em constantes momentos saudosos.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Adonai, Adonai

A tua palavra


Adonai, Adonai
Porque a tua palavra
É símbolo de Amor.

Adonai, Adonai,
Porque a tua palavra
É instrumento orientador.

Adonai, Adonai,
Porque a tua palavra
É o meu trilho.

Adonai, Adonai,
Porque a tua palavra
Faz da espiga, milho.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Um escutar profundo


Um escutar profundo



Se chegasse o lembrar,
Se chegasse o recordar,
Se chegasse o sonhar,

Nada, para mim, me fazia levantar.
Nada, para mim, me fazia sentir.
Nada, para mim, me fazia pedalar.

Se chega o querer,
Se chega o saber,
Se chega o ter,

Exíguo, para mim, se emanar,
Exíguo, para mim, se sofrer,
Exíguo, para mim, se chorar.

Se chegar o acreditar,
Se chegar o amar,
Se chegar o apaixonar,

Existe, para mim, um voar,
Existe, para mim, um acreditar,
Existe, para mim, um exaltar.

Um exaltar de alegria,
Um acreditar apaixonado,
Um voar até TI.

A força que me move.



A força que me move.


A força que me move,
Está para além,
Daquilo que vemos!

A força que me move,
Esconde-se quando fojes,
Quando nos perdemos!

A força que me move,
Incrementa o fogo divino,
Se nos desvanecemos!

A força que me move,
Vacila sempre no coração,
Se esquecidos da sua paixão.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

«Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca.»

Lc 5, 4

Sentir a presença de Deus em cada um de nós, vai deixando de ser uma relação de vivência perceptível, isto é, que se mostra aos outros. Não digo que essa relação também não possa ser dessa forma, mas quem é o verdadeiro cristão? O que vive cultivando, ou o que permanece esperando? Aquele que se dá a conhecer por estar presente, ou aquele que faz da sua presença, silêncio

Sentir a presença de Deus, deve partir de uma construção pessoal de diálogo, de conversa com Ele. Assim conduzo a minha vida, permanecendo fiel no meu silêncio, que por muitas vezes quebrado, volta a ganhar os contornos de uma presença viva que posso levar a meu lado, numa singela e magnifica construção de palavras. Estas, carismáticas e apreciadas. Num pequeno, mas confuso, mundo, o que me aviva a sabedoria desta confiança, desta Fé, não se deve às forças que sinto levantarem-me quando só consigo rastejar, mas sim, nas forças que me acompanham, quando e dando um exemplo: consigo esfregar o olho, e desse olho posso ver e perspectivar a vida, mas não chega, e essa visão começa a ter contornos distorcidos e vejo alguém orientando-me por vales incertos de magia fecunda. A quem esta graça?

Sentir a presença de Deus, é viver na confiança desse Homem, que se fez e se faz ao largo, quando a esperança se extingue, surgindo um sinal de luz, que se transforma numa chama ardente e amima o horizonte da vida.

Sentir a presença de Deus, toma em nós uma diversidade de formas, de âmbitos, de contextos. Sentir o apelo de Deus, toma uma diversidade de inquietações, de perturbações, de palpitações. Sentir o chamamento vocacional, conjuga-se em dois verbos – vir e seguir. Segue-me, Seguir-me-ás. Vem.

Sentir a presença de Deus, é Ser pescador, trilhando por águas, os ensinamentos do mestre, do grande mestre, adágio digno de um Pescador que moveu e conquistou, por oceanos perdidos, peixes.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Onde te procurar…










Onde te procurar…

Onde te posso encontrar, Senhor,
Quando me interpelas,
E em nada te respondo?


Onde te posso imaginar, Senhor,
Quando os meus olhos derramam lágrimas,
E em nada te assemelho?


Onde te posso buscar, Senhor,
Quando o escuro me faz consentir de dor,
E em nada te manifesto?


Onde te procurar, Senhor?
Estás em mim, dentro de mim.
Onde te procurar, Senhor?
Conhecendo-te, no meu íntimo.
Onde te procurar, Senhor?
Na comoção que sinto…
Onde, Onde te procurar… Onde?
Na oração, contemplação da paixão.


Onde te posso sentir, Senhor,
Quando as minha mãos são livres,
E em nada te toco?


Onde te posso ver, Senhor,
Quando os obstáculos me fazem perder,
E em nada te alcanço?

Onde te posso abraçar, Senhor,
Quando as mentes desvanecem o ser,
E em nada te abraço?


Onde te posso amar, Senhor,
Quando o coração pede mais,
E em nada te identifico?

Onde te procurar, Senhor?
Estás em mim, dentro de mim.

Onde te procurar, Senhor?
Conhecendo-te, no meu íntimo.
Onde te procurar, Senhor?
Na comoção que sinto…
Onde, Onde te procurar… Onde?

quinta-feira, fevereiro 02, 2006


Grandiosidade do existir


Exultando de gáudio
Xis infinita como humano
Impetuosidade interior fraca
Serviço missionário pregado
Traz junto do fogo
Imaginário realista puro
Reservado ao Amor

Nascentes de água espalham o afecto
Orlas frestas à invasão do temor

Antes que a luz perca o alento
Mistérios de fé me encherão
Observadores dos trilhos encontrados
Raciocínios verosímeis na humildade do rosto.


terça-feira, janeiro 31, 2006

de coração aberto


De coração aberto,

Receptivo à Tua força

Ouço os toques suaves

Da Tua essência.


De coração aberto,

A invasão da Tua palavra

Como saber e dom

Do entendimento.


De coração aberto,

Captando os sinais

Que fazem sentir

Viva a Tua existência.


De coração aberto,

Encetado em formas

No interior de mim

As energias do Teu amor.

domingo, janeiro 29, 2006

Escutar-te



A tua força Senhor,
Como é grande e viva.

A tua obra,
Símbolo de alegria, e de salvação.

O teu olhar,
Como me perturba, me consome.

O teu guiar,
Como marca os caminhos da vida,
Os trilhos do meu andar.

A tua palavra,
Um incentivo ao meu coração,
Ser pessoa do teu povo.

A tua voz,
Alimenta-me no medo,
E rejubila o entendimento.

A tua luz,
que me ilumine,
quando de dia já vejo a noite.


A ti, Senhor, louvo toda a tua Graça.
A ti, Senhor, receptivo ao teu amor
A ti, Senhor, escuto de coração aberto.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Um brilho nos teus olhos

Um brilho nos teus olhos.




O mundo ou as pessoas, fazem com que nos enganemos a nós mesmos. Que sintamos que somos nós os errantes e pecadores, os injustos ou inadequados. Fazemos um esforço enorme para contrariar a ordem natural das coisas, isto é, o senso comum, e todos os tradicionalismos exigidas socialmente… As passagens, os trilhos, os caminhos que percorremos e esperamos alcançar, fazem de nós, pessoas fortes, pessoas exigentes, pessoas revolucionárias.


Sermos sobreviventes num mundo escuro e de almas incrédulas, permite-nos retirar grandes ensinamentos para a vida, a nossa vida. É ser uma alavanca, que nos invoca ao degrau mais puro do ser, ser humano, na sua dimensão social e espiritual. Uma dimensão espiritual que enriquece esplendorosamente o nosso mundo, e como nos sentimos confortáveis e acarinhados. Deixemos encarnar em nós a presença viva de que somos seguidores de um jubileu que transforma e se adapta a cada um de nós, como fogo ardente que nos persegue para que mais rapidamente alcancemos a paz interior. Louvando as magnitudes das capacidades que nos são conferidas pela obra do Senhor, que cresça em nós, cada vez mais, o apelo à esperança… num tempo de espera, num tempo de chegada, num tempo de vida que urge.


Não intitulo-te de “Um brilho nos teus olhos”, porque fica bem, ou parece bem. Temos de encontrar em nós, a força do brilho que temos guardada cá dentro. Um brilho que deslumbra, que chama a sermos genuínos. Genuínos na vida, Genuínos de Coração., Genuínos no Amor.


Abençoado.

sábado, janeiro 21, 2006

Aglup

Aglup

No mundo dos nomes,

Aglup surge, refugiada em ti.

Como força, viva aqui,

Num globo de contrastes.

No mundo dos amigos,

Espalhas olhares de magia

E enfeitiças os cânticos

Com vigílias de simpatia.

No mundo dos amores,

Centilam focos de luz

Embalados por gestos teus,

Que só por ti, os seduz.

No mundo dos louvores,

Louvar sempre a quem

No feliz faz, pelo bem

Surpresas e aclamares.

Um sorriso alegre para ti

Dos amigos que ficam

Dos amigos que te adoram

Sempre juntos, aqui.

Aglup, Aglup, sê Feliz.

Sempre na longa e eterna vida!

20 Janeiro 2005

Pedro Barros

terça-feira, janeiro 17, 2006

Diversos, num só!



Sentado nas margens do rio, vejo-Te chegar!

Tu és o remo que me orienta, que me dá força e me faz viver em Ti!

Um sonolento choque das águas, anunciam a Tua chegada!

O Temor a Ti faz-me mergulhar e sentir viva a tua presença - um amparo divino!

O anúncio da tua chegada, o regresso do amor, a magia da tua alma, completa o meu Crer!

Senhor, Tu que me guias e me orientas, pelos teus sinais. Sinais ínfimos de pura beleza. Deixa-me contemplar a teu lado a obra maravilhosa que criaste!

O eco das Tuas palavras conduz a distintas ondas, ondas de longa distância vividas na essência da Tua paixão!

Um olhar sobre o mar, O mar das missões. Que bom navegar, Num rio de contemplações.

Um olhar interior te faz voar mais longe, a sentir o amor duma chama que urge, a Fé!

Ser samaritano do amor sentido,
Só por si seduz, o espírito de luz.
Que sobre candeias, nas chamas transluz
O grado por te ter abertamente recebido.

No silêncio das ondas, A espuma ganha dimensão. Concebem as Tuas formas, Fruto de grande Salvação!

O ónus que te leva ao fundo do mar, É o mesmo que te faz crescer, voar e trilhar os passos para um (re)encontro com Deus.


Não deixaste nenhum ramo partido

Nem injuriaste o mais tímido,

Serviste a Ele, Deus do Amor,

Em que tu demandaste o seu Louvor!

Incansável o rebanho,
Que se deixa cultivar.
Iluminado pelo Pastor, Tu!

Se O precisas de encontrar,
Pára e sente-o, Ele está em Ti.


quinta-feira, janeiro 12, 2006

imensidão da pessoa

imensidão da pessoa


ser volátil,
a efémera vida,
um momento distanciado.

ser presente,
embrulho alegre,
que aumenta o sorriso.

ser fogo,
brilhar na escuridão,
na fugaz longitude da multidão

ser presença,
de olhares indiscretros,
em visões mundanas

ser chama,
quando a luz se perde,
e ser vela para renascer.

ser pessoa,
para dar-me,
como flor que desplota.

ser árvore,
desmembrar ramos
de entusiasmo para outros.

ser criação,
dar vida ao mundo,
nesta dificil situação.


ser amigo,
porque sinto
que sou feliz assim.
ser amigo,
porque me dou
a quem fica bem.
ser amigo,
sem interesses
num mundo irreal.


ser amigo,
gesto puro de amor
de fraternidade e de irmandade
.


domingo, janeiro 08, 2006

Acasos e Acasos!

Acasos e Acasos!


Enquanto acendo as velas,
Sinto o calor da chama a chegar.
Enquanto coloco-as pausadamente
Sinto a noite ganhar contorno.

Durante a limpia luz
Que transforma as trevas em paraiso.
Durante a sua virilidade
Vejo aconchegar o frio que vai aquecendo.

Tantos raios solares
Que invadem e incorporam o eu.
Tantos reflexos mágicos
Do querer simplesmente ser eu.

Semblante o ar puro
Das sombras que largas.
Semblante a forma que constróis
E dos espaços vazios que eliminas.

Pranto colorido que sorri
Para ti, e para todos os demais.
Pranto que deleita o olhar
Sobre lagos, lagos de sinais.

terça-feira, janeiro 03, 2006

Ser luz do Mundo!




Ser luz,
É chama acesa.
Ter uma alegria no mundo.
Quem se refugia na escuridão
Jamais vê a maravilha
Deu um pequeno coração na imensidão.


Ser luz,
É poder viver
Sem querer dizer...
Quanta tristeza se traz dentro
De um olhar preso
Nos pedaços (que temos) de sentimento.


Ser luz,
É crescer
Na Fé de um Cristo Vivo
Abrir o coração à magia
De uma grande paixão
Que se esconde na infinita concretização.




P.S.: Desculpem a ausência, por alguns dias, mas tive a viver grandes experiências na minha vida. Que são e foram muito frutiferas. Beijos e Abraços a todos.