terça-feira, março 29, 2005

Revoltado

não há tertúlia,
não há consenso,
quando julgas dizer
que os actos são irresponsáveis
e que as acções são inexplicáveis.


não há serviço a um ser próprio,
não há uma via comum,
quando num partilhar mutuo
sofres por mostrar que neste espaço
que é de todos,
morres por não seres entendido.


não há motivação,
não há alegria,
quando sentes que por mais que tentes,
ninguém te aguenta, ao seres, um pouco diferente
e, nessa revolta, por querer dizer,
que o mundo gira à nossa volta.


não há nada
não há, mas continuará?

1 comentário:

Garcia disse...

Um passo pode ser um motivo...um ensejo... Longe do tumulto, perduro no meu refúgio... Longe da revolta, respiro no ensombro das asas de uma águia-real e de um gavião...