quarta-feira, novembro 30, 2005

Estou por aqui


Estou por aqui

Estou por aqui,
Estou sem sentido,
E vou,
Para espaços longínquos.
Fortes os momentos
Distantes da minha casa.

Sei, que aqui,
Estarei sempre,
Mais perto que longe,
O Amor da asa voa,
Sei que ali chegarei,
Em pedaços de mim.

Correrei, na beira
Das margens do rio
Que na conduta
Me levam ali
Júbilo do meu sentir,
Júbilo do meu querer,
Sonhos do meu ser!

Haverá ventos,
Que sementes plantarão
No terreno humano,
Pobre de alma,
Onde jaz espírito,
Um encantamento celestial.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Nas imagens…

:realizado por mim:


Nas imagens interrogamo-nos
Se o sentido da visão
Transmite grande sensação
Quem sabe paixão.
Um olhar focado num ponto
Da destreza do sonho
E do bom caminhar.
Nas imagens questionamo-nos
Se o dom do querer
É tão forte como o dom do saber,
Partindo do dar para o concretizar,
Um grande lema a verificar.
Daremos perspectivas de
Um justo imaginar e,
Conduzir um grande adorar
Do louvor ao amar.

Nas imagens veremos
Retratos de pessoas escondidas
Obscuras no dia, e invisíveis na noite.
Retratos de objectos desprotegidos
Cheios de sofrimento por terem sido
Largados junto às esquinas da vida.

sábado, novembro 19, 2005

Viemos

O Surgimento da Fé, Resultado de Uma grande Transformação Divina!

(image placeholder)

“Eu, os Outros e o Grupo”

     Este tema, que muito tem a retratar, eleva-se numa questão fundamental, que é a própria beleza, a beleza do ser, a beleza de viver para os outros, a beleza da entrega do Homem.
     As palavras que me saíam, os pensamentos que emitia quando falava sobre este assunto, conduziam-me a algo muito concreto, um concreto que me absorve e acompanha. Este concreto, chamo-o de Fé! E senti especial alegria, quando debatia este tema, porque não existe prova maior desta relação mútua, aquando da entrega de Jesus Cristo por nós, para nossa salvação. Uma relação Divina, em que acredito, e a transmito com enorme entusiasmo aos que ainda se sentem adormecidos…
     Na minha reflexão pessoal, nunca antes tinha encarado essa Entrega como resultado de uma relação, mas agora… experimento-a! Eu não vim, para ser para mim, vim para ser para os outros. Vim porque tenho algo de bom para dar, para oferecer. Dons.


Animahap

Viemos para junto de ti, Senhor,
Aclamar o teu amor, e Louvar-te.

Animahap, Animahap,

Viemos para seguir-te, Senhor,
Exaltar a tua e Testemunhar-te.

Animahap, Animahap,

Viemos para dizer-te sim, Senhor,
Juntos queremos partilhar-te.

Animahap, Animahap,

Viemos para espalhar, Senhor,
Trilhar os caminhos e Anunciar-te.

Animahap, Animahap,

Viemos para crescermos, Senhor,
E na Fé, Comungar-te!

Animahap, Animahap,

Vivemos para ti, Senhor,
Só assim seremos Felizes!
Só assim seremos Vivos!
Só assim somos  Pessoa.
     

     
     

terça-feira, novembro 15, 2005

Escutando palpitações

Escutando palpitações
Elevamos os corações
Às mágicas situações
Que remam as nações.

O dom das palavras,
O prazer do saborear,
Para poder refrescar,
Na Menta que chega do ar.

Sons que perscrutam
Asas que voam
E cintilam
Pelos que andam.

Que encontram caminhos
Salvam pessoas perdidas
E não fogem sozinhos
Dos amigos, nas partidas.




Foi Domingo, foi um grande dia, um dia de Graça, um dia que finalizava a semana dos Seminários. Uma importante semana, especialmente para todos os seminaristas do Mundo. O seminário é por excelência uma casa acolhedora e formativa, uma verdadeira aprendizagem que jaz no cerne espiritual, que cultiva e que dá a conhecer o Senhor de todos os Homens. Um Senhor que plantou, enraizou e incrementa pela força do Espírito Santo. Para que sejamos sempre, fruto do seu cultivo e semeador das suas palavras. Uma construção permanente.

Com alegria vi, o Amor que duas pessoas dedicam a este Senhor, Senhor que me guia e me orienta, pelos seus sinais. Sinais ínfimos de algo tão concreto para mim... e tão discreto para outros. Que eles sejam continuadores da tua obra, nisso creio. Eles não têm medo... e não tiveram medo. E eu? Prossigo sem medo…porque ele me chama e continua a chamar, a vela mantém-se acesa.

"Não tenhais medo..."

Um dia de Graça...

sexta-feira, novembro 11, 2005

E tu? Que irás responder?

E tu? Que irás responder?


     Hoje, como tantos outros dias, interrogo-me sobre um verdadeiro sentido para a minha vida. Um sentido que aqueça a alma e o coração, que me dê forças e me alimente no Espírito Santo. Um sentir que ultrapassa muitos pensar. Um querer que não é só meu. Um fazer que cresce, e dará frutos. Um amar que aumenta os instantes ínfimos das etapas da minha vida. Um imaginar ser do meu caminho, prolongado, e breve como o dia.
     Existe um confronto dentro de mim, um confronto entre o actual e o futuro, o querer já e o esperar para ser. Uma longa batalha, que me toma nos momentos tristes, e me consome nos instantes de reflexão. O esperar para ser situa-se entre o Amor e o Serviço - um Amor de esperança e pura verdade, e um Serviço para os outros através de Deus. Um amor que não mede, um amor que vive, um amor sentido e eterno. Um serviço para as necessidades, para as ausências, para o esquecimento, rejuvenescendo e incrementando o próximo do que é esse Amor – um Amor vivo em mim, e sonolento no outro.
     Uma dimensão real e divina me chama a responder a este “E Tu?”. Isto não se torna uma pequena interrogação mas uma grande interpelação. Algo que agita em mim, a visão da minha vida no futuro. Algo que me conduz sem guiar, onde me leva onde Ele quiser, fazendo e permanecendo na sua vontade! E eu, continuo esperançoso de seguir os sinais reais de um chamamento divino que me leva, que me guia  e que me conduz para a partilha e para a grande alegria. Ser testemunho.


quinta-feira, novembro 03, 2005

Gotas de Orvalho




Gotas de orvalho caem
Nos passeios movediços
Onde deambulam
Novos e velhos sitos.

São gotas de orvalho
Que nos fazem proteger
De uma lira conducente
Numa paisagem húmida.

As gotas de orvalho
Adormecem-nos pausadamente
No aconchego do silêncio
Em uníssono com o tempo.

Gotas de orvalho que
Percorrendo distâncias
Alcançam infinitas metas
Do Ser e do Sem Fim.

Nestas gotas de orvalho
O relento reduz-nos a um,
Um só imaginário da época
Um só olhar recluso da vida.

Gotas de orvalho caem,
Protestando com todos
Na sua insolente caída
De navegações extraviadas.




Imagem retirada de http://www.oleschmitt.com.br