domingo, março 19, 2006

No ontem...


No ontem sabia que a dor do coração
Era o ázimo de não encontrar doação.

No ontem sabia que o morrer de cansaço
Era o padecimento de transpor um passo.

No ontem sabia que o silêncio era poder,
Era o conter e renunciar de tanto dizer.

No ontem sabia que à luz do corpo
Era a chama do coração se tornando carpo.

No ontem sabia que a razão da alma
Era a invalidez de manear a calma.

No ontem sabia que o escutar
Era o vaticínio de todos os dias partir para anunciar.

No ontem… vemos o de hoje.
No ontem… melhoramos o do amanhã.

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