quarta-feira, março 29, 2006

Vi a mão de Deus!




Hoje, chegando a casa,
Senti a Tua presença.

O céu escuro, nublado,
Cativou-me porque estavas lá Tu.

Atentamente, fixei o meu olhar
Em traços que Te distinguiam.

A feição da Tua mão estava ali
E que perfeição tinha, a contemplação.

Tu podes tudo, e em Ti creio,
O poder da Tua mão, a salvação.

Teu Filho, que usou a tua mão,
Para curar os enfermos, a purificação!

És Tu a mão dos meus dias,
A força que puxa – a bênção!

terça-feira, março 28, 2006

A minha oração

A minha oração.



Meu Senhor, acredito sempre que És a fonte da minha existência,
O esconderijo do meu sofrimento e a perseverança da minha atitude.

Meu Senhor, bem sabes que corro sempre ao Teu encontro,
Quer seja nas lágrimas da dor, Quer seja nas saudosas alegrias.

Meu Senhor, carrego algumas cruzes do passado, ineptas no presente,
Porque nos meus pecados vejo a conversão dos meus erros.

Meu Senhor, dar-Te espaço no meu canto, é uma alegria,
Querendo viver o gáudio da tua compaixão em mim.

Meu Senhor, no meu choro, sabes pelo que anseio, sabes o que me inquieta,
Porque só tu podes guiar-me, e os teus sinais, são eternamente visíveis.

Meu Senhor, ao estar aqui contigo, quanto me apraza a sede e a fome,
Fazendo que a minha Fé seja como rocha, o Amor como água, a Vida como grão de areia.

Meu Senhor, como te louvo
Meu Senhor, como te amo
Meu Senhor, como te adoro
Meu Senhor, como te dignifico
Meu Senhor, como te exalto
Meu Senhor, como te clamo

Tu és a minha alma e o meu espírito.


sábado, março 25, 2006

Desviar o meu olhar

Desviar o meu olhar


Já esqueci o olhar
Que tanto me queria desviar
Da atenção que prestei ao lacrimejar.

Já deixei libertar o olhar
Dos momentos fundos de adorar
A missão que me faz devanear.

Já perdi a sombra
Desse dia escuro que encerra
Brotando um novo chegar do olhar.

Já desviei o meu olhar
Para que o tanto que me faz caminhar
Dê forças para ir alcançando sempre o amar.

domingo, março 19, 2006

No ontem...


No ontem sabia que a dor do coração
Era o ázimo de não encontrar doação.

No ontem sabia que o morrer de cansaço
Era o padecimento de transpor um passo.

No ontem sabia que o silêncio era poder,
Era o conter e renunciar de tanto dizer.

No ontem sabia que à luz do corpo
Era a chama do coração se tornando carpo.

No ontem sabia que a razão da alma
Era a invalidez de manear a calma.

No ontem sabia que o escutar
Era o vaticínio de todos os dias partir para anunciar.

No ontem… vemos o de hoje.
No ontem… melhoramos o do amanhã.

sábado, março 11, 2006

O sofrimento que vem da música…





Quanto tempo, deparo,
Singrando os meus ouvidos
Por ondas fecundas de sentimentos
Que surgem nas mais bonitas sonoridades.

Quanto tempo, estranho,
Navegando os meus olhares
Nas paisagens que choro ao lembrar,
Sentindo vivências de outros lugares.

Quanto tempo, imagino,
Nesse alcançar dos meus sonhos
Por intermédio de flutuações retraídas
Querendo marcá-los pelos segredos.

Quanto tempo, sufoca,
Velejando de corpo inteiro
Invadindo as águas corrompidas
Decretos intimistas e nada percussionistas.

Quanto tempo, acalmia,
Rumos de sonetos soltos
Nas pautas de uma vida com quedas
Que sofrem por tantas claves…

terça-feira, março 07, 2006

Ver-Te




Ver-Te, é um efémero pensamento
Que brota do imaginário do momento?

Ver-Te, é um enlace visual
Que escapa ao súbito intermitente.

Ver-Te, é sinal dos tempos
Que correm ausentes de tudo e de Ti.

Ver-Te, é clarificar a minha alma
Que se camufla só para te encontrar.

Ver-Te, é dar-me por inteiro
Quer no pensamento, na vida, no perpétuo.

Ver-Te, é olhar tudo o que tens
Quer na criação, na paixão e
na reconstrução de um templo novo.