sábado, maio 22, 2004

Carta

A escrita, vida e morta
Sempre nos remonta aquilo
O Sonho, a Imaginação
O Momento, a Vida de Quem
No Papel Tudo Transcreve

Papel de um percurso memorável
Rascunho do momento que se perde
E Lixo daquilo que se torna real
Escrever é mais que um gesto
Escrever é amar o próximo e a nós próprios

Escritor, perde horas satisfazendo
os seus caprichos, como forma de demonstrar
aos outros que talvez pode ser memorável
Que o rascunho é a vida transcendente
É ser a janela que fecha e bate com força
Dentro das pulsações da alma do coração!

Nestas palavras escrevo momentos, por vezes
Perdidos e desparecidos em tempos que
Outrora foram a minha Felicidade, foram
O Rimar de Muitas Melodias, O Cantarolar
Daqueles que sussuram ao ouvido querendo
Dizer que é ali que está a paisagem da tua vida!

Ser Memórias
Ser caneta com um fim, supremo e intransigível
Ser fogo quando se queima e ser a chama
do desespero porque mais um pedaço
da nossa vida (escrita) perde acolá o sentido da existência.

Flutua na água calma do mar em paraísos
Abundantes, mas escondidos...
Ser papel é mais do que ser alma, é ser o rumo,
o destino do ofegante.

É poder reciclado com intuito de sobreviver ao próximo!

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