segunda-feira, julho 04, 2005

Ancora

foto de miguel lacerda


Se o mundo, base de água e terra,
Perde a sua essência, deixa semear
Repousar em cada espaço vazio
Levar os medos, e guardar as alegrias.

Essas recordações que colhes nos choros,
Refugiam-se nesse lugar, que é só teu,
Invadido pelos queixumes e murmúrios,
Dessa vida escondida no enigmático.

O ónus que te leva ao fundo do mar,
É o mesmo que te faz crescer, voar,
Seguindo os percursos que delimitaste.

O incorpóreo desse corpo que ressuscitas,
Corpúsculos de vida, memórias estreitas,
Guiando-te pelos trajectos do mar adentro.

4 comentários:

Anónimo disse...

Sublime!...e que bem que te sai poesia!
lua

Garcia disse...

Pedro, é bom visitar o teu espaço e, desde já, afirmo-te firmemente: a tua escrita está a ganhar outros contornos, esmerando-se notavelmente. Gostei verdadeiramente do que li. Continua a escrever assim, pois poderei um dia adquirir uma obra tua...

pedro barros disse...

Olá.

Agradeço desde já os comments.

Caso um dia isso aconteça Joao, te oferecia com todo o gosto.

Cumprimentos a todos os que visitam este espaço. O meu!

Pedro Barros

Fragmentos Betty Martins disse...

Olá Pedro

A beleza deste poema, é tão profunda como a do mar

"Guiando-te pelos trajectos do mar adentro".

Ler-te... como repousa o meu olhar.

Um beijo grande