quinta-feira, julho 14, 2005

Só Tu podes




Só Tu podes

Devagarinho vais causando pressentimentos
De uma comoção que virá caminhar a nossos lados.

O abalo escuta-se ao longe e tu vens, vens depressa,
Como anunciando algo possante que em vão desvaneceu-se.

Um desvanecimento, esperando o seu momento de encontro.

Esses timbres ritmados com percussão, aflige-nos,
Nós, pescadores sem garras,
Sem momentos de reflexão.

Que inquietante lance corrói nas passagens do coração,
Ilusões, desgarradas e rebeldes com as próprias sensações.

Ténues mudanças no caminho da esperança,
Servidoras de fragmentos vivos, erráticos nesse instante.

Só podes
Vencer ou Morrer
Espírito ou Prazer.
E nesse pedaço de céu
Te aconchegares
Para melhor reconheceres
O Amor d´Ele.
Por ti e por todos,
Os pedaços da sua paixão,
Caíram como rasteados
Pela nossa desumanização.
Vivo na tua memória,
Uma grande compaixão.

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