terça-feira, fevereiro 20, 2007

O mundo das bombas de abastecimento.

O mundo das bombas de abastecimento.

 

           Todos nós sabemos que Angola é bem rica em petróleo. Até poderíamos pensar que as bombas de abastecimento não têm nenhum transtorno e estão sempre em funcionamento. No entanto, a procura de gasóleo é bem elevada, razão que se deve também aos geradores de electricidade que a população tem em casa [coisa que seria desnecessária, dado a quantidade de energia que há em Angola, e serviria muito bem para toda agente ter electricidade 24horas por dia]. Uns destes dias da semana iniciámos uma maratona. Saímos de casa por volta das 22h00 em busca de gasóleo para abastecer o carro e os geradores, quer daqui da comunidade de São Paulo quer da comunidade do Mota. Difícil foi encontrar uma bomba onde houvesse gasóleo e que não tivesse filas de 50 metros [já habitual]. Diria que o problema é falta de bombas. Para além disto, e porque parece regra, os camiões que abastecem as bombas saem todos ao mesmo tempo para ir a caminho das mesmas, o que resulta em bombas fechadas e filas cada vez maiores. E a maratona consiste em percorrer a cidade de Luanda a tentar encontrar algum local que não esteja fechado para abastecer e que tenha principalmente gasóleo. É preciso ter sorte. Conseguindo num sítio, o funcionário diz claramente:”Só dois bidões…”, limitando o que precisamos, e tínhamos seis. Neste local não pudemos fazer nada. Era cerca de 00h00 quando daí saímos, e fomos percorrer novamente as bombas, e passando por algumas fechadas, fomos ter a uma que no início da maratona estava a abastecer, mas naquele momento já estava aberta. Aí conseguimos abastecer tudo… mas tivemos que pagar um pouco mais na conta [“para uma gasosa”], porque caso contrário seriam apenas mais dois bidões. Era 1h00 e chegávamos a casa. Esgotados e cansados, fomos descansar.