quinta-feira, novembro 11, 2004


Num barco à deriva...


Num barco à deriva... sem maré, sem farol e sem sentido
É assim que m(muitos)e sinto, e que quero esquecer..
Estes caminhos sem miragem, os lagos destruídos
As vidas ex-comungadas do próprio ser, da Natureza.

Nesse Oceano leve e obscuro, refugiando o mundo.
Perdido sem rumo à costa, portuguesa, enfim, uma...
Que trace caminhos, derrame o passado, o tempo que passou.

Há vista que sente, a que sente chora e a que nao sente, sente!
Quem pensa sofre, sofre e deixa sofrer, pois quem ama chora!
Simbólico e problemático o ser humano ... aquele que julga voar!

Voando sem asas, vai sonhando e derramando as lágrimas no mar
Mar este, acolhedor e tempestivo, semeador e regador do destino!

Tu que deixas navegar, explorar os teus oceanos e mares
Tu que registas todas as rotas, amigo do próximo
És a alma, fresca, daqueles que por ti alcançam os meios
De sobrevivência, felizes, e aqueles que deixas na amargura.


Num barco à deriva... perdido à tua procura.

2 comentários:

Garcia disse...

Sabes? Sempre fui um barco à deriva... Sempre selei a 125 azul sem mais nem menos...

pedro barros disse...

O prazer de traçar um rumo...