quinta-feira, junho 16, 2005

Pingos de Lágrimas!

Subindo as escadas deparas-te com o olhar,
O olhar de quem já te viu e de quem te espera ver.

Agarrando o varão permaneces estancado,
Sentindo a segurança que te invoca alcançar.

Mudando de pé, alterando o compasso,
Vais devagarinho, rastejando, pelas lágrimas.

Enxaguado de pingos que tilintam,
Escorrendo pedaços de sofrimento em vão.

Pisando sobre as tuas águas, foste abandonando-as,
Limpando-as sobre mantos e prantos, elas se desvaneciam.

Os pingos de lágrimas que lamentaram ser vistos,
E os viveiros do olhar que se ofuscam no olhar.

E ias alcançando a lágrima, o lençol de pingos,
Uns Pingos de Lágrimas que abatem-se sobre ti.

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